“Junction 48” conta a história de amor entre dois artistas de hip pop palestinianos, reprimidos, simultaneamente, pelos israelitas e pela comunidade onde vivem, um gueto palestiniano marcado pela criminalidade.
Participámos nas mesmas manifestações desde 2000 e por isso partilhamos o mesmo mundo. O realizador assistiu várias vezes aos meus concertos. Realizou um dos meus videoclipes. Eu trabalhei para ele como produtor. A nossa relação não tem a ver com a questão das antigas e das novas gerações, mas com a criação da geração certa.
Apresentado na Berlinale, o filme de Udi Aloni reúne músicos palestinianos e israelitas. O realizador israelo-americano contou à euronews a origem do filme.
“De um dia para o outro, um grupo de pessoas decidiu fazer um filme e esse filme é extremamente profissional. É algo muito importante. A energia binacional consegue criar algo de elevada qualidade, o que é um símbolo de resistência. Nem era preciso falar do tema em questão. Só o facto de termos criado o filme é fantástico”, sublinhou Udi Aloni.
Tamer Nafar e Samar Qupty incarnam os papéis principais e afirmam que existe uma grande afinidade entre eles o realizador.
“Participámos nas mesmas manifestações desde 2000 e por isso partilhamos o mesmo mundo. O realizador assistiu várias vezes aos meus concertos. Realizou um dos meus videoclipes. Eu trabalhei para ele como produtor. A nossa relação não tem a ver com a questão das antigas e das novas gerações, mas com a criação da geração certa”, frisou o ator e músico Tamer Nafa.
“Enquanto argumentista e realizador, ele é muito talentoso, mas, deixa-nos ocupar o palco, ou melhor, estamos juntos em palco e construímos algo em conjunto. Ele tem a perspetiva dele mas nós estamos todos ao mesmo nível” considerou a atriz Samar Qupty.
“Junction 48” acaba de estrear no Festival de Cinema de Berlim na secção Panorama.