Thealter: o espírito do teatro independente

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De 17 a 25 de julho, a localidade de Szeged na Hungria transformou-se num enorme palco para o encontro internacional de teatros livres, Thealter.

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De 17 a 25 de julho, a localidade de Szeged na Hungria transformou-se num enorme palco para o encontro internacional de teatros livres, Thealter.

Durante nove dias companhias de teatro do leste e sul da Europa foram convidadas a atuarem nesta cidade do sul da Hungria.

O festival é organizado pela MASZK, uma associação que apoia e promove o teatro experimental.

No centro deste festival encontra-se o ALTERRA, o centro de arte dramática contemporânea situado na velha sinagoga de Szeged. O diretor do festival explica porque razão se trata de um festival único.

“Talvez o facto de que este festival mantém o passado vivo ao mesmo tempo que envolve as novas gerações no circuito. Damos-lhes espaço, apoios e assumimos a gestão”, afirma József Balog, o diretor artístico do festival.

O evento deste ano abriu com a peça “Diary of a Madman” da autoria de Gogol, uma peça protagonizada pelo ator e multi-instrumentalista Tamás Keresztes. O diretor de cena, uma das figuras mais originais e reconhecidas entre os adeptos do teatro independente da Hungria, afirma que esta peça conta a história de um funcionário público de baixo escalão que não consegue ascender de classe social porque é simplesmente impossível.

Outro destaque do festival foi a performance do Teatro BITEF, originário de Beogrado na Sérvia. A peça “Uma pequena história do Anticristo” baseia-se nos escritos do filósofo Vladimir Solovyov que já em 1900 dizia que o oriente e o ocidente se viam um ao outro como o Anticristo.

O festival constitui também uma excelente oportunidade para a troca de experiências entre as várias companhias.

Na Hungria, os artistas independentes recebem cada vez menos apoios estatais. A situação mudou de forma dramática desde a subida ao poder do governo de Viktor Orbán em 2010. Alguns dos teatros independentes tiveram que adotar uma abordagem mais comercial para sobreviverem.

“A esfera independente acumulou muitos conhecimentos sobre como vender os seus produtos, como submeter candidaturas”, afirma Sándor Zsótér, ator, dramaturgo, diretor de cena e professor na Universidade de Teatro e Cinema de Budapeste.

Mas os mais jovens, os talentos emergentes mantêm acesa a vontade de aprenderem com os mais experientes e tentarem algo de novo.

Desde 1991 que se pode sentir aqui o espírito do pensamento independente.

Para mais informações, consultar as páginas deste evento na internet.

http://www.thealter.hu/english/

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