A génio do futebol argentino nem sempre gostou de se ver retratado, mas nunca mostrou medo das câmaras
Maradona nunca mostrou medo das câmaras, mesmo quando a prudência aconselhava resguardo. Exuberante e controverso, inspirou não só os amantes do futebol. O cinema também se enamorou de Maradona.
Emir Kusturica não foi o primeiro a querer contar a história da lenda argentina, mas foi o pimeiro a fazer um documentário lado-a-lado com Maradona, com imagens inéditas, por exemplo, da relação que desenvolveu com Fidel Castro ou do período em que as drogas lhe tomaram conta da vida.
O realizador sérvio chamou-lhe o Sex Pistols do futebol. O documentário "Maradona by Kusturica" pode ser visto no Youtube.
Na plataforma Netflix, foco para a história recente de Maradona. Em sete episódios, conta-se a passagem da estrela argentina pelo México, onde na temporada 2018/2019, treinou o Dorados de Sinaloa, da segunda divisão.
Asif Kapadia teve acesso a 500 horas de filmagens inéditas de Maradona. O realizador britânico juntou-as às imagens mais icónicas da vida do futebolista. Um documentário mais biográfico do que apaixonado que não terá agradado a Maradona.
Em discurso direto, Kapadia não rouba nos elogios ao génio. "Ele é a ponte entre jogadores como Pelé, de quem terão ouvido falar, e Messi e Ronaldo. Ele é o tipo que fez a passagem entre a geração antiga para as mega-estrelas dos dias de hoje, com milhões de de seguidores no instagram. Na minha era enquanto espectador foi o melhor jogador do mundo," diz. Diego Maradona, o documentário, faz parte do catálogo da HBO.