Nenhum outro jogador de futebol foi idolatrado como o argentino, agora falecido aos 60 anos.
Mal se soube da notícia da morte de Maradona, os fãs começaram a juntar-se junto à Bombonera, o estádio do Boca Juniors em Buenos Aires, a casa que viu "El Pibe" despertar para o mundo do futebol.
"Afinal, somos todos mortaism mas ainda estou a digerir. Sinto que é um pesadelo, uma piada de mau gosto. Quero acreditar que é uma piada de mau gosto", diz um fã argentino. Outro habitante de Buenos Aires lembra a boa pessoa que foi Maradona, "prejudicado pelas más companhias que se aproveitaram dele".
A morte de Maradona é chorada também em Nápoles, em Itália, onde jogou no final dos anos 80 e ainda hoje é adorado como um Deus. Muitos juntaram-se no "Maradona corner", uma esquina do Bairro Espanhol decorada com imagens alusivas ao craque. A imagem de Maradona está omnipresente neste bairro típico napolitano, também uma zona de grande animação noturna.
"Era o meu super-herói, desde pequenino, toda a minha infância. Para mim, o futebol morreu. O número 10 deveria ser retirado das camisolas, em todo o mundo", diz um napolitano.
"Tinha um ano quando ganhámos o segundo scudetto, mas isto é algo que corre no sangue, que vem dos pais, dos avós, da família. Maradona é um pedaço de nós. De toda esta cidade", diz outro adepto do SSC Napoli.
Em vários pontos da cidade, como no bairro residencial de San Giovanni a Teduccio, há murais a celebrar Diego Maradona que se tornaram ponto de romaria. Foi ele o principal artífice dos únicos dois títulos da Serie A ganhos até agora pelo clube, em 1987 e e 1990.