De 30 de janeiro a 6 de fevereiro tem lugar o Festival de Cinema de Gotemburgo, na Suécia.
Este ano contudo decorre em moldes totalmente diferentes.
Em vez dos habituais 11 dias de estreias e festas, os filmes serão apresentados digitalmente.
Apenas um membro do público, selecionado por sorteio, poderá assistir em pessoa às estreias, tudo a partir de um farol transformado em sala de cinema e rodeado por ondas furiosas e ventos fortes.
"Tenho curiosidade em ver como esta experiência, de estar sozinho na ilha, sem computador, telemóvel ou mesmo um livro, como é que isto afeta e muda a experiência de assistir aos 60 filmes deste festival. Será uma experiência diferente. Será que os filmes vão despertar emoções diferentes nestas circunstâncias?. É sobre isto que estou curioso", afirma o diretor artístico do evento, Jonas Holmberg.
O Festival de Cinema de Gotemburgo é o maior da Escandinávia.
No entanto, apesar dos constrangimentos impostos pela pandemia, o aumento da utilização das plataformas de "_streaming" _veio trazer mais audiência para o cinema de autor.
Para o diretor artístico, "o que notámos este ano é que o festival, devido ao serviço de "streaming" para filmes de autor, é claro, isto explodiu porque as pessoas passaram muito mais tempo isoladas em casa, por isso, isto tem um lado positivo na medida em que o cinema de autor encontra novas audiências num ano como este".
Até ao dia 19 de janeiro as candidaturas estão abertas para passar uma semana a ver cinema num antigo farol totalmente renovado e recheado de confortos.