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Paul Schrader, argumentista de "Taxi Driver", acusado de agredir sexualmente antiga assistente

Paul Schrader, argumentista de "Taxi Driver", acusado de ter agredido sexualmente a sua antiga assistente
Paul Schrader, argumentista de "Taxi Driver", acusado de ter agredido sexualmente a sua antiga assistente Direitos de autor  AP Photo
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De Euronews com AP
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O escritor e realizador de "Taxi Driver" e "American Gigolo" foi acusado num processo judicial de ter agredido sexualmente a sua antiga assistente pessoal.

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Paul Schrader, argumentista de Taxi Driver e realizador de American Gigolo, First Reformed e Oh, Canadá, estreado em Cannes no ano passado, foi acusado num processo judicial de ter agredido sexualmente a sua antiga assistente pessoal. Além disso, Schrader é ainda acusado de ter despedido a mulher depois desta não ceder aos seus avanços e de ter renegado um acordo que pretendia manter as alegações confidenciais.

A ex-assistente, cujo nome não foi identificado no processo, avançou com uma queixa contra o cineasta e a sua empresa de produção no final da semana passada. A mulher está a tentar obter uma ordem de um juiz para fazer cumprir o acordo, depois de Schrader ter dito que não o podia cumprir.

Os termos, incluindo um pagamento monetário, não foram divulgados.

"Trata-se de uma questão de aplicação de um acordo aberto e fechado", escreveu o advogado da queixosa, Gregory Chiarello, em documentos judiciais que acompanham a queixa de violação de contrato.

O advogado de Schrader, Philip J. Kessler, considerou a ação judicial "desesperada, oportunista e frívola" e disse que muitas das alegações nela contidas são falsas ou materialmente enganadoras.

"Negamos em absoluto que tenha havido uma relação sexual de qualquer tipo entre o Sr. Schrader e a sua antiga assistente, e negamos que o Sr. Schrader tenha alguma vez tentado ter uma relação sexual de qualquer tipo com a sua antiga assistente", afirmou Kessler.

A ação judicial, apresentada num tribunal de Nova Iorque, expôs alegações que o acordo confidencial entre a mulher de 26 anos, e Schrader, de 78 anos, pretendia manter em segredo.

Estas incluem a alegação de que o realizador a encurralou no seu quarto de hotel, agarrou-a nos braços e beijou-a contra a sua vontade, no ano passado, quando estavam a promover Oh, Canada no Festival de Cinema de Cannes.

Dois dias depois, segundo a ação judicial, Schrader terá telefonado repetidamente à assistendo e enviado mensagens de texto furiosas, alegando que estava "a morrer" e que não podia fazer as malas. De acordo com a ação judicial, quando a mulher chegou para ajudar, Schrader expôs os seus genitais ao abrir a porta do quarto de hotel, vestindo apenas um roupão de banho aberto.

A assistente alega que Schrader a despediu em setembro passado, depois de ela ter rejeitado novamente os seus avanços. Pouco depois, segundo a ação judicial, Schrader enviou-lhe um e-mail no qual expressava o receio de se tornar "um Harvey Weinstein" na sua mente.

De recordar que Weinstein foi condenado por violação em Los Angeles em 2022 e aguarda um novo julgamento a 15 de abril no seu caso de violação em Nova Iorque.

De acordo com a ação judicial, Schrader concordou com o acordo a 5 de fevereiro, mas mudou de ideias depois de uma doença e de um "exame de consciência". A ação jucial explica que, em março, Schrader comunicou através dos seus advogados que "não podia viver com o acordo".

"O acordo que estão a tentar impor ao Sr. Schrader, em inglês simples, exigia que ambas as partes o assinassem antes de se tornar legalmente efetivo", explicou o seu advogado. "O Sr. Schrader recusou-se a assiná-lo. É francamente tão simples quanto isso", acrescentou.

A assistente trabalhou para Schrader de 2021 a 2024, de acordo com o processo. Durante esse tempo, disse Kessler, terá publicado nas redes sociais sobre o quanto amava seu trabalho, referindo-se a Schrader como um mentor extraordinário.

Em 2023, Schrader criticou os Óscares por estarem a tentar "ser acordados" com esforços de diversidade e mais votantes internacionais. E em 2021, na esteira do #MeToo, condenou a chamada "cultura do cancelamento", dizendo ao Deadline que era "tão infecciosa que é como o vírus Delta".

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