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Nobel da Literatura cancela participação no Festival Literário Internacional de Óbidos

ARQUIVO (19 de maio de 2015): O húngaro Laszlo Krasznahorkai posa para os fotógrafos em Londres
ARQUIVO (19 de maio de 2015): O húngaro Laszlo Krasznahorkai posa para os fotógrafos em Londres Direitos de autor  Matt Dunham/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De Manuel Ribeiro
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O escritor húngaro, László Krasznahorkai, deixa Óbidos sem participar no Fólio 2025 por motivos de saúde.

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O Nobel da Literatura de 2025, o escritor László Krasznahorkai, não vai participar no Festival Literário Internacional que decorre em Óbidos até domingo, 19 de outubro.

De acordo com a organização, a editora do escritor informou que Krasznahorkai, de 71 anos, teve de abandonar a Vila de Óbidos “por questões de saúde que exigem atenção imediata" e "não poderá estar presente nos eventos e compromissos com a comunicação social nos quais tanto desejava participar”.

O escritor já tinha falhado a sua presença na abertura da Feira do Livro de Frankfurt, em 15 de outubro, sendo a sua participação em Óbidos muito aguardada por ser a primeira aparição pública desde a atribuição do Nobel. Krasznahorkai iria participar numa conversa sobre a "morte" na "Mesa 15", no domingo, juntamente com os escritores Lionel Sheriver e Rui Cardoso Martins e a moderação de Isabel Lucas.

László Krasznahorka, cujos romances surreais e anárquicos combinam uma visão sombria do mundo com humor mordaz, recebeu o Prémio Nobel de Literatura, no dia 9 de outubro, por uma obra que defende o poder da arte numa altura de "terror apocalíptico", considerou o jurado do Comité Nobel na Academia Sueca, em Estocolmo.

Os juízes do Nobel afirmaram que o autor de 71 anos, cujos romances por vezes consistem numa única frase longa, é "um grande escritor épico" e que a sua obra literária "carateriza-se pelo absurdo e pelo excesso grotesco".

No seu mais recente livro, "Herscht 07769", uma obra com 384 páginas lançada na Húngria em 2021 e agora traduzida para Portugal pela editora Cavalo de Ferro, o autor apresenta uma sátira sobre extremismo político, através de um personagem, Florian Herscht, que se vê envolvido num grupo neonazi.

Livros do escritor húngaro Laszlo Krasznahorkai expostos com a inscrição "Prémio Nobel de Literatura 2025" numa livraria de Berlim
Livros do escritor húngaro Laszlo Krasznahorkai expostos com a inscrição "Prémio Nobel de Literatura 2025" numa livraria de Berlim Soeren Stache/(c) Copyright 2025, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten

Krasznahorkai junta-se ao seu conterrâneo Imre Kertész, escritor húngaro que venceu o Prémio Nobel de Literatura da Hungria, em 2002, e a uma lista de laureados que inclui José Saramago, Ernest Hemingway, Toni Morrison e Kazuo Ishiguro.

Quando tomou conhecimento do prémio, que inclui um valor pecuniário de 1 milhão de dólares americanos, o autor húngaro disse que "estava calmo e nervoso".

"Este é o primeiro dia da minha vida em que ganhei um Prémio Nobel. Não sei o que o futuro me reserva", acrescentou o escritor húngaro em entrevista a uma rádio sueca.

Outras fontes • AP

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