Um grande incêndio entre Vila Real e Mondim de Basto, no norte do país, concentra as preocupações dos bombeiros em Portugal e mantém as populações acordadas.
Foi mais uma noite de sobressalto em Pardelhas, no concelho de Mondim de Basto, no norte de Portugal. Com o cair da noite, houve um reacendimento e as chamas voltaram a aproximar-se da aldeia, até que acabaram por mudar de rumo.
Já tinha sido assim algumas horas antes, na manhã de segunda-feira. Na altura, também esteve em perigo a aldeia vizinha de Ermelo. Foi aqui que durante a tarde de segunda-feira ardeu uma casa.
Ao mesmo tempo, as chamas chegavam à aldeia Pena, em Vila Real. Segundo a SIC Notícias, que estava no local, os habitantes foram surpreendidos sem ter bombeiros por perto, ocupados noutra frente de fogo.
“Foi um perigo e grande”, disse um habitante à estação, depois de as chamas quase terem chegado às casas.
Este incêndio é aquele que provoca maior preocupação no país: começou no sábado em Vila Real e, entretanto avançou para o concelho vizinho Mondim de Basto. Ao início da manhã desta terça-feira, concentrava mais de 600 bombeiros e 211 veículos.
Os autarcas das zonas afetadas defenderam um reforço dos meios. Lembraram que, durante a noite, não podem ser usados meios aéreos, que têm sido a forma mais eficaz de combater a chamas num terreno montanhoso e com difíceis acessos.
“Se não houver esse reforço, efetivamente tudo o que tem sido feito, o esforço que tem sido feito, dadas as projeções, dado os reacendimentos, será o reiniciar de um pesadelo que temos vivido”, disse o presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, em entrevista à RTP.
No domingo, este autarca já tinha chamado a atenção para a exaustão dos bombeiros.
Celorico de Basto, no distrito de Braga, é o segundo fogo que concentra mais meios. Este fogo foi dominado na segunda-feira, ao fim do dia, depois de ter começado no sábado. Está agora em fase de conclusão.
À exceção do grande incêndio de Vila Real, a situação dos fogos está mais calma do que no fim de semana. Há 28 fogos, mas estão quase todos em fase de conclusão.
O país está a sofrer uma vaga de altas temperaturas e vai estar em estado de alerta até esta quinta-feira.