O fogo que começou no concelho de Arganil e dura há 13 dias nos distritos de Coimbra e Guarda é responsável pela maior área ardida de sempre em Portugal, segundo a Proteção Civil.
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O incêndio que começou a lavrar no concelho de Arganil no dia 13 e só no domingo entrou em fase de resolução é já considerado aquele com a maior área ardida de sempre em Portugal, segundo o relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). De acordo com este documento, o incêndio consumiu já mais de 64 mil hectares de terreno.
O incêndio começou na zona da aldeia histórica do Piódão e alargou-se a uma vasta área em volta. Só entrou em fase de resolução depois de arder ao longo de 11 dias e queimar uma área de 64.451 hectares, de acordo com o relatório nacional provisório do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF) do ICNF, a que a agência Lusa teve acesso.
O relatório confirma que este incêndio apresenta a maior área ardida de sempre em Portugal desde que há registos, ultrapassando a anterior marca do fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que tinha atingido 53 mil hectares.
O incêndio acabou por se alastrar a concelhos vizinhos, incluindo os de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Castelo Branco, Fundão e Covilhã (Castelo Branco).
Este ano, de acordo com o relatório do SGIF, já arderam cerca de 250 mil hectares.
O incêndio que começou em Freches, Trancoso, no dia 09, terá consumido 49.324 hectares e é o segundo maior deste ano e o terceiro maior incêndio de sempre em Portugal.
Já o incêndio com a terceira maior área ardida deste ano, segundo o relatório do SGIF consultado pela Lusa, é o de Sátão, com 13.769 hectares ardidos, que se juntou ao de Trancoso, formando um complexo que afetou 11 municípios dos distritos de Viseu e da Guarda.
Situação mais calma
Esta segunda-feira, a situação no país parece estar mais calma do que esteve ao longo das últimas semanas. Além do incêndio de Arganil, a outra ocorrência significativa registada pelo site da Proteção Civil desenrola-se no concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real e está também em fase de resolução. Mobiliza, segundo as últimas informações, mais de 200 operacionais e 62 carros de bombeiros.
A Proteção Civil anunciou, em conferência de imprensa, que os meios aéreos emprestados pela Grécia e a Suécia ficam em Portugal pelo menos até sexta-feira.