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Calor de verão em pleno outono: vamos cancelar as estações do ano?

Um homem anda de bicicleta na praia em Oeiras, nos arredores de Lisboa, na quarta-feira, 19 de julho de 2023.
Um homem anda de bicicleta na praia em Oeiras, nos arredores de Lisboa, na quarta-feira, 19 de julho de 2023. Direitos de autor  Armando Franca/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Ana Filipa Palma
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Segundo as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a semana é de calor em várias zonas do país onde as máximas podem ir mesmo até aos 30°. Estaremos a perder o outono?

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As previsões meteorológicas para esta semana em Portugal Continental e na Madeira podem ter surpreendido muitos, uma vez que estamos em pleno mês de outubro e as temperaturas são dignas de dias de verão.

"A temperatura máxima irá atingir valores entre 25°C e 30 °C em grande parte do território, com exceção do litoral Oeste e terras altas onde variará entre 19 °C e 24 °C.", pode ler-se no comunicado do IPMA.

Para muitos "meteorologistas de bancada", de café em riste e o portal do tempo no ecrã, este fenómeno já seria motivo para cancelar o outono e decretar o fim das quatro estações do ano, contudo, calma. Não é para tanto!

Calor no outono não é um fenómeno atípico, já aconteceu em 2017 e 2023, e não significa que estamos a perder as estações do ano tal como as conhecemos, uma vez que "estas são características previsíveis para uma estação de transição, como são o outono e a primavera", explica Ângela Lourenço, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“No outono temos muitas vezes dias de recordar o verão e dias de recordar o inverno”, diz a especialista. “Já tivemos dias de precipitação em setembro, inclusivamente uma tempestade que se aproximou dos Açores e chegou ao território do continente – e já estávamos no outono”, recorda.

Questionada sobre a "nuvem" que paira em cima de todos nós sobre os efeitos das alterações climáticas, Ângela Lourenço prefere ser prudente. "Neste momento não se pode dizer que resulta de todas as transformações da atmosfera", explica.

A situação já podia ser considerada mais rara se se prolongasse para a segunda quinzena de outubro, mas quanto a isso "tirem o cavalinho da chuva", porque ela vem mesmo aí.

"As temperaturas vão baixar e começa a precipitação a partir de domingo. Vamos ter outra circulação atmosférica o que faz com que o vento vá aumentar e aí já é favorável para diminuição das temperaturas, para valores mais próximos do que estamos à espera da média de outubro/outono", disse Ângela Lourenço.

Por isso, resta desejar que aproveitem bem o sol que está para ficar até sábado, porque é de "pouca dura".

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