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Investigadora norueguesa: "Políticas universais falham às pequenas comunidades do Ártico"

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Investigadora norueguesa: "Políticas universais falham às pequenas comunidades do Ártico"
Direitos de autor  Euronews
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De Denis Loctier
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As comunidades do Ártico europeu enfrentam uma crise: locais remotos como Træna, na Noruega, perdem moradores mais rápido do que conseguem substituí-los. Com condições climáticas cada vez mais adversas e conexões de transporte precárias, há políticas urbanas que não funcionam no extremo norte.

A professora e investigadora Maiken Bjørkan, do Instituto de Pesquisa Nordland, e a sua equipa passaram anos a estudar o problema. Através do projeto europeu "EmpowerUS", têm trabalhado diretamente com várias comunidades para encontrar soluções que respondam de forma concreta aos desafios específicos destas comunidades.

Bjørkan realça a desconexão entre as políticas nacionais e a realidade: "Às vezes parece que as soluções são feitas para contextos diferentes, como grandes cidades ou regiões menos periféricas", explica.

Mesmo programas bem-intencionados muitas vezes falham quando aplicados às comunidades do Ártico. "Todos os programas nacionais ou planos internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e assim por diante, às vezes, quando olhamos para eles de uma perspetiva local, a maneira como são implementados não funciona."

O projeto EmpowerUS apresenta uma abordagem diferente, uma que ouve as comunidades primeiro e só depois cria soluções, tendo em conta as necessidades reais destas comunidades, em vez de forçá-las a adaptar-se a políticas elaboradas noutro sítio.

O transporte surge como uma questão crítica: os barcos são frequentemente cancelados devido a condições climáticas adversas ou por motivos operacionais.

"Se não conseguirmos ir a uma consulta no hospital, se não conseguirmos ver parentes que vivam noutro lugar ou estar ligados ao continente, ficamos isolados e não conseguimos viver aqui", diz Bjørkan.

A falta de escolas também é um problema que está a afastar as pessoas. "Sem escolas, não teremos famílias novas a quererem mudar-se para aqui. Este não é visto como um lugar viável para viver."

Apesar desses desafios, Bjørkan diz que a maioria dos moradores quer ficar. "Eles querem viver aqui. É aqui que pertencem, e estão a tentar viver a melhor vida possível."

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