Um realizador e uma jornalista belgas resumiram num filme a longa e dura luta do ginecologista congolês, Denis Mukwege, contra o uso da violação de mulheres e crianças como arma de guerra. O médico e
Um realizador e uma jornalista belgas resumiram num filme a longa e dura luta do ginecologista congolês, Denis Mukwege, contra o uso da violação de mulheres e crianças como arma de guerra.
Exigir que o hospital pague 650 mil euros de impostos não é razoável. É arbitrário e roça um pouco aquilo que podemos chamar de tendência para a corrupção.
A atribuição do Prémio Shakarov de Liberdade de Pensamento, em 2014 valeu-lhe, também, mais ameças de morte.
Denis Mukwege está a acompanhar a apresentação do documentário por várias cidades.
Em Bruxelas, o ginecologista passou também pelo Parlamento Europeu, e denunciou a pressão do próprio governo da República Democrática do Congo.
“Os salários dos trabalhadores do nosso hospital, no Congo, rondam os 100 euros por mês. Exigir que o hospital pague 650 mil euros de impostos não é razoável. É arbitrário e roça um pouco aquilo que podemos chamar de tendência para a corrupção “, explicou o médico.
Desde 1999 que o ginecologista opera, no Hospital de Panzi, milhares de vítimas de agressões sexuais atrozes.
O período mais trágico foi durante a segunda guerra do Congo, que terminou em 2003, mas esta forma de tortura e intimidação não terminou com ela.