Os cortes nas pensões foram um dos elementos chave no falhanço das negociações entre uma delegação do Governo grego e os credores internacionais, no
Os cortes nas pensões foram um dos elementos chave no falhanço das negociações entre uma delegação do Governo grego e os credores internacionais, no fim de semana, em Bruxelas.
O executivo helénico diz “não” a um corte equivalente a 1% do PIB nas pensões. A Comissão Europeia especificou que isto não tem de se traduzir num corte de pensões individuais.
“É uma grande deturpação dos factos dizer que as instituições estão a pedir ou pediram cortes em pensões individuais. É verdade que o sistema de pensões é uma das partes mais pesadas da despesa, também é um dos mais caros da Europa. Por isso, uma reforma no sistema de pensões faz parte dos requisitos”, clarificou a porta-voz da Comissão Europeia, Annika Breidthardt.
O Governo de Atenas tem de pagar 1,6 milhões de euros aos credores a 30 de junho e à falta de um consenso que permita desbloquear mais de sete mil milhões de euros pode entrar em incumprimento.
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse não poder prever as consequências de tal cenário: “Estaríamos a entrar em águas desconhecidas, nas quais podemos afirmar com certeza dispor de todas as ferramentas para gerir a situação da melhor forma possível. Numa altura em que todos os participantes precisam de ir mais longe, a bola está claramente do lado do governo grego para dar os passos necessários.”
O Governo grego diz esperar um convite das instituições para retomar as negociações. A Comissão Europeia, por outro lado, espera flexibilidade de Atenas.
Efi Koutsokosta, euronews – “A Comissão Europeia diz estar preparada uma nova ronda de conversações se a Grécia apresentar uma nova proposta. No entanto, fontes europeias referem alguma margem de manobra com a substituição de medidas em relação às pensões, com cortes na despesa ao nível da defesa porque, de acordo com a NATO, a Grécia ocupa o segundo lugar com gastos no setor.”