União Europeia luta contra financiamento do terrorismo

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O combate ao financiamento do terrorismo foi um prato forte no menu do encontro dos ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas. Da reunião

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O combate ao financiamento do terrorismo foi um prato forte no menu do encontro dos ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas.

Da reunião desta terça-feira saiu um compromisso para reforçar e harmonizar a informação financeira de organizações nacionais. Em matéria de penalizações, França, pelas palavras do ministro das Finanças Michel Sapin, pede mais do que o congelamento de contas bancárias: “Penso, em particular, em ativos imobiliários, apartamentos, propriedades, automóveis ou mesmo benefícios sociais. Poderá haver benefícios sociais que são pagos a pessoas em países específicos na Europa que serão diretamente usados para financiar as atividades terroristas destas pessoas.”

No financiamento do terrorismo existem dois níveis. O do macrofinanciamento, que permite financiar o funcionamento do autodenominado Estado Islâmico, e o do microfinanciamento, que financia os meios para se cometerem ataques e que é mais difícil de combater.

O cofundador do Centro Europeu de Inteligência Estratégica e Segurança, Claude Moniquet, analisa: “Temo a perda excessiva de tempo, de energia e de dinheiro para lutar contra algo que não se pode combater e não se trata apenas de terrorismo. Aplica-se à venda de drogas, à prostituição e a todos os ramos do crime organizado. Nunca conseguimos torná-los financeiramente inoperantes. Por isso, sinto que este é um debate importante e no qual nos focamos demasiado porque não teremos um resultado massivo.”

Claude Moniquet acredita que é possível reduzir o macrofinanciamento do autodenominado Estado Islâmico. Refere que o tráfico de petróleo poderá gerar entre 600 a 800 milhões de dólares por ano: “Uma das fontes de macrofinanciamento são, claramente, as mudanças entre um território que é geograficamente conhecido: o Estado Islâmico, entre a Síria e o Iraque e os vizinhos. Trata-se do petróleo vendido à Jordânia e à Turquia. Por isso, existe uma forma de saber quem compra esse petróleo. Existe uma forma de atingir as pessoas, que são consumidores, compradores, que adquirem com conhecimento de causa o petróleo vendido pelo autodenominado Estado Islâmico.”

A venda e a exploração de petróleo, o controlo de água e de comida, extorsão, impostos e resgates são algumas das fontes de enriquecimento que permitem encher os cofres do autodenominado Estado Islâmico.

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