A proposta de combate ao micro-financiamento do terrorismo foi aprovada por larga maioria.
O combate contra as fontes de financiamento do terrorismo regressa à ordem do dia.
Desta feita a iniciativa coube a um eurodeputado espanhol cuja proposta foi esta quarta-feira a votos no âmbito do Comité do Parlamento Europeu para Assuntos Externos.
A proposta venceu com 55 votos a favor, 5 contra e uma abstenção.
Esta iniciativa será agora votada em plenário em março.
"O que pretendemos é criar os meios com os órgãos atuais e as instituições de forma a proporcionar ferramentas de investigação para o que pode ser o microfinanciamento do terrorismo. O objetivo é criar uma plataforma onde os serviços de inteligência europeus possam encontrar e partilhar conhecimentos e dados", afirmou Javier Nart, eurodeputado espanhol do grupo Aliança dos Liberais.
A fim responder a estes desafios, em janeiro do 2016 a Europol criou o Centro Europeu de Contra Terrorismo, ECTC, um sinal claro que reflete a necessidade de reforçar a resposta europeia contra esta ameaça.
O relatório de 2017 da Europol revela que até 40% das atividades terroristas na Europa são parcialmente financiadas por uma mistura entre formas lícitas e ilícitas de financiamento que incluem atividades que vão desde o turismo até ao tráfico de drogas.
O centro reúne competências variadas que vão do rastreamento de capitais até unidades de inteligência financeira.
"As leis europeias permitem a transferência de fundos inferiores a 10 mil euros. Vimos que as células que levaram a cabo operações terroristas na Europa fizeram-no com poucos meios financeiros. Alugaram viaturas e compraram matérias-primas para o fabrico de explosivos para cometerem os seus atos de terror", adianta o académico da Universidade de Antuérpia, Brahim Laitouss.
Agir contra as redes de financiamento do terrorismo requer ainda lidar com outras questões tais a radicalização nas mesquitas, prisões e nas redes sociais.
João Ferreira