A resposta europeia à crise migratória reacendeu cisões entre os chefes de Estado e de Governo dos 28, reunidos na cimeira de Bruxelas. O resultado
A resposta europeia à crise migratória reacendeu cisões entre os chefes de Estado e de Governo dos 28, reunidos na cimeira de Bruxelas. O resultado prático saldou-se no anúncio de um encontro extraordinário, juntamente com a Turquia, no início de março.
Música para os ouvidos da chanceler alemã. Com três importantes eleições regionais a ocorrer no próximo mês, Angela Merkel também é pressionada na frente política doméstica.
“Queremos intensificar e melhorar o acordo de readmissão entre a Grécia e a Turquia, que foi bastante difícil de gerir até ao momento. Quando os números de migrantes ilegais puderem ser substancialmente reduzidos, consideraremos um programa de reinstalação da Turquia para a União Europeia, numa base voluntária”, sublinhou a chanceler alemã.
Desalinhado do rumo traçado pela Alemanha, o governo austríaco enfureceu alguns parceiros europeus com a decisão de manter controlos fronteiriços e de fixar máximos anuais e diários de acesso para refugiados.
“Como chanceler austríaco tenho de considerar uma solução europeia – o que é uma distribuição justa – bem como os interesses austríacos, que significam que não podemos suportar o fardo sozinhos”, disse o chanceler austríaco, Werner Faymann.
Hungria, Polónia, Eslováquia e República Checa também trouxeram para a cimeira exigências na matéria.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ameaçou cortar os fundos estruturais que os países do leste recebem da União Europeia se resistirem a acolher mais refugiados.