A um mês de exercer a presidência rotativa da União Europeia, o governo da Eslováquia visitou a Comissão Europeia para discutir as prioridades para o segundo semestre, considerando a migração e asilo
A um mês de exercer a presidência rotativa da União Europeia, o governo da Eslováquia visitou a Comissão Europeia para discutir as prioridades para o segundo semestre.
O primeiro-ministro, Robert Fico, admitiu que vai herdar da Holanda um dossiê especialmente controverso.
“Hoje falámos sobre a importante iniciativa da Comissão sobre a política de migração e asilo, e de facto há elementos sobre os quais não há consenso, pelo que será difícil chegar a um acordo”, disse o governante.
A Eslováquia foi um dos países mais empenhados em fechar as portas a refugiados e migrantes, que considera representarem um perigo para os valores e as tradições dos países europeus.
Há uma semana, Fico disse que “o Islão não tem lugar no seu país” e que “os migrantes não podem ser integrados, porque isso é algo impossível”.
Este tipo de comentários foi criticado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia, por fomentar a xenofobia.
Fico disse “estar ciente do papel da presidência”, que passa por “facilitar discussões e tentar que haja consensos”.
O governante sublinhou que muitas das propostas feitas pela Comissão Europeia tem recolhido concordância dos 28: “Quem pode ser contra o plano sobre o regresso de Schengen? Quem se pode opor à decisão politica de criar uma guarda fronteiriça europeia e quem se pode opor à discussão entre a UE e a Turquia?”, questionou.
O chefe de Governo eslovaco informou, ainda, que as prioridades da sua presidência serão adotadas mais para o final do mês, após a realização do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia.
Além da migração e asilo, enumerou uma “Europa mais forte economicamente” e o “fortalecimento do mercado único”.