Os Médicos do Mundo alertam que o sistema de saúde na Europa exclui muitas pessoas vulneráveis, especialmente entre migrantes e refugiados. Para o relatório de 2016 entrevistaram mais de 10 mil pacien
Os Médicos do Mundo alertam que o sistema de saúde na Europa exclui muitas pessoas vulneráveis, especialmente entre migrantes e refugiados.
Para o relatório de 2016 entrevistaram mais de 10 mil pacientes, na grande maioria estrangeiros, em 12 países. O estudo revela que:
- 67,5% não tinham cobertura de saúde
- 21,5% desistiram de obter os cuidados necessários
As crianças são muito afetadas, sendo que 40% não têm acesso a vacinação, destacou um representante da Grécia durante a apresentação do relatório em Bruxelas, esta terça-feira.
Stathis Poularakis disse à euronews que “cerca de 40% de todas as consultas são para crianças, metade delas com idade inferior a cinco anos, pelo que pode imaginar os desafios que enfrentam. Têm acesso a cuidados de saúde primários, mas o problema maior são os cuidados de saúde secundários”.
A organização não-governamental acusa os governos e a União Europeia de falta de coordenação e apresenta 11 recomendações.
Entre elas, a coordenadora do relatório, Nathalie Simmonot, realça que “todos os países europeus devem assegurar, pelo menos, o acesso completo à plena cobertura de cuidados de saúde por quem quer que seja que viva no país. Isso permitiria poupar muito dinheiro e muito sofrimento”.
O relatório aponta, ainda, que as pessoas vulneráveis estão muitas vezes sujeitas a episódios de violência, que têm fortes impactos na saúde mental.