A União Europeia aprovou a criação de um quartel-general para as suas operações militares no estrangeiro, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, esta segunda-feira, em Bruxela
A União Europeia aprovou a criação de um quartel-general para as suas operações militares no estrangeiro. Os Estados-membros podem optar por participar nas missões de forma operacional ou apenas como observadores.
No final da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, esta segunda-feira, em Bruxelas, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse sentir-se “muito encorajada pelo facto de termos tomado decisões muito importantes. Há apenas cinco ou seis meses seria impossível imaginar esta situação”.
“Isso mostra que os decisores europeus entenderam que a segurança é uma prioridade para os cidadãos. Obviamente que o ambiente global nos convida a assumir maiores responsabilidades e a maneira de as assumir, nos domínios da defesa e da segurança, é através da União Europeia”, acrescentou Federica Mogherini.
A flexibilidade nesta política tenta acomodar os países mais reticentes quanto à ideia de um futuro exército europeu, tais como Reino Unido, que sempre foi contra o projeto, dizendo que duplica os esforços da NATO.
Mas o Brexit retirou algum do peso ao argumento e há uma maioria de países que defende maior coordenação europeia face às ameaças geopolíticas.