Sete países europeus unem esforços na computação de alto desempenho

Sete países europeus unem esforços na computação de alto desempenho
De  Patricia Cardoso com euronews
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Nenhum dos dez supercomputadores existentes no Mundo está sediado na União Europeia.

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Nenhum dos dez supercomputadores existentes no Mundo está sediado na União Europeia. Por isso, sete Estados membros, incluindo Portugal, vão unir esforços para levar a Europa a desempenhar um papel mais importante na computação de alto desempenho.

A carta de intenções foi assinada pela França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Espanha na Jornada Digital, na capital italiana, no âmbito das comemorações dos 60 anos do Tratado de Roma.

“É difícil, mesmo para os grandes Estados membros, encontrarem sozinhos financiamento e é razoável cooperar para unir esses fundos para criar novas capacidades de computação exascale”, explica o vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip.

A computação de alto desempenho permite que milhares de processadores trabalhem juntos para analisar milhões de dados em tempo real. Isso seria benéfico para a medicina, a indústria farmacêutica ou o desenvolvimento urbano.

Mas a inovação exige grande investimento.

Carmen Vela, secretária de Estado espanhola para a Investigação, Desenvolvimento e a Inovação, estima: “Esta iniciativa só terá sucesso, e creio que vai ter, se nos unirmos. Há países como os Estados Unidos e a China que estão a investir muito. Há outros países que têm o objetivo de gastar muito dinheiro. Nós temos uma enorme vantagem. Temos muito conhecimento. A Europa tem muito conhecimento e unida pode ultrapassar a escassez de recursos”.

O projeto, que Bruxelas estima de dimensão semelhante ao da Airbus ou do Galileu, irá também apoiar a Nuvem Europeia para a Ciência, que vai ligar 1,7 milhões de investigadores e 70 milhões de profissionais da área da ciência e tecnologia.

Para já, o projeto avança com sete Estados membros, mas Roberto Viola, diretor geral da DG Connect, revela: “O grupo principal de investidores é formado pelos países que normalmente fornecem as maiores capacidades de supercomputador aos outros. É, por isso, normal que sejam os primeiros a assinar, mas todos os outros países já mostraram interesse”.

Os supercomputadores são, no final, um exemplo de como a Europa pode funcionar a várias velocidades no futuro.

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