Enquanto a classe política britânica, incluindo o próprio governo, ainda parece dividida sobre se o Reino Unido quer um Brexit duro ou mais suave, as negociações com a União Europeia avançam em Bruxel
Enquanto a classe política britânica, incluindo o próprio governo, ainda parece dividida sobre se o Reino Unido quer um Brexit duro ou mais suave, as negociações com a União Europeia avançam em Bruxelas, com a segunda ronda a ter lugar entre segunda e quinta-feira.
Depois de no primeiro encontro se ter falado do calendário e da metodologia, o principal negociador pela União Europeia, Michel Barnier, explicou que “vamos agora analisar em profundidade os assuntos. Temos de comparar as respetivas posições para podermos progredir consideravelmente”.
O ministro britânico com a pasta do Brexit, David Davis, também disse que“é muito importante progredir, agora, através da identificação das diferenças, para que possamos lidar com elas, e das semelhanças, para que possamos reforçá-las”.
Excellent analysis about #Brexit + the disruptive effect of regulatory divergence https://t.co/QMg3TeFqYH via
FT</a></p>— Sabine Weyand (
WeyandSabine) July 15, 2017
Do lado britânico apela-se, agora, a uma fase de transição entre o acordo de saída, em 2019, e o início de um eventual acordo de livre comércio.
“Os apoiantes do Brexit duro falam de um compasso de espera para que o setor dos serviços se prepare para a saída da união aduaneira. Mas os defensores de um Brexit suave, liderados pelo ministro das Finanças, Philip Hammond, não escapam ao dogma essencial de que o que está em causa é a saída da União Europeia”, explicou, à euronews, Michael Emerson, analista no Centro de Estudos de Política Europeia.
Os direitos dos cidadãos e os compromissos financeiros a pagar pelo Reino Unido são duas prioridades onde existem grandes divergências entre as partes. O terceiro tema difícil é a fronteira com a Irlanda do Norte.