Checo Babis faz avançar onda populista na União Europeia

Tal como Donald Trump nos Estados Unidos, o multimilionário Andrej Babis ganhou as eleições na República Checa com base num discurso contra os partidos tradicionais e prometendo gerir o país como gere as suas empresas.
O líder populista fez também muitas críticas contra as políticas da União Europeia.
“Por vezes foi muito crítico em relação às instituições de Bruxelas, porque é um populista, mas não diria que é muito anti-europeu”, disse o analista político, Vit Dostal, do centro de estudos checo AMO.
An anti-establishment party founded by a billionaire overpowered the Czech Republic’s mainstream parties on Saturday https://t.co/RBVdqSe7G3
— The New York Times (@nytimes) October 23, 2017
A República Checa é mais uma peça no dominó populista e eurocético que vai tomando conta de alguns países do centro da União Europeia, como foi recentemente o caso da Áustria, e que já se consolidou, há alguns anos, na Hungria, e Polónia.
As políticas comunitárias sobre migração e a estratégia para a zona euro são as mais criticadas, mas Vit Dostal considera que “a questão mais importante da política checa em relação à União Europeia é manter uma boa relação com a Alemanha”.
“Babis vai manter a situação atual porque não tem interesse em criar novos conflitos com Berlim ou com Bruxelas”, acrescentou.
Contudo, como mais um defensor da chamada Europa “fortaleza”, é de esperar que o novo governo checo se alinhe no grupo que recusa a convergência europeia e um aprofundamento dos poderes das instituições comunitárias.