A União Europeia está dividida na diretiva sobre trabalhadores destacados, com Estados-membros a acusarem outros de concorrência desleal.
A construção civil é o principal setor a usar trabalhadores destacados, empregando 25% dos dois milhões de cidadãos da União Europeia (UE) que ganham a vida num Estado-membro que não é o seu.
O problema é que os destacados são pagos pelo país de origem e recebem salários mais baixos que os trabalhadores locais, abrindo uma frente de batalha no interior da UE sobre concorrência desleal.
“Eles trabalham pela metade do nosso salário e isso custa menos ao patrão. Os patrões livram-se dos trabalhadores belgas, que pagam os impostos neste país, e que acabam por ficar desempregados”, disse Rudy Bastiaens, sindicalista belga do ABVV.
A Bélgica é um dos países que mais recebe estes trabalhadores, bem como a França, Holanda e Alemanha, e querem apertar as regras, incluindo na diminuição do período do contrato.
Do outro lado da batalha estão os países de leste, exportadores desta mão-de-obra, tais com a Polónia e a Roménia, que preferem maior liberdade e flexibilidade de circulação de trabalhadores.
Os ministros do Emprego da UE tentam encontrar uma solução, reunidos, segunda-feira, no Luxemburgo.