Israel tenta vencer "resistência" da UE

Israel tenta vencer "resistência" da UE
Direitos de autor 
De  Isabel Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Face à recente demonstração de apoio norte-americano, a viagem relâmpago de Benjamin Netanyahu a Bruxelas mostra uma assertividade renovada do primeiro-ministro israelita face à União Europeia.

Netanyahu quer vencer a resistência da do bloco europeu em abandonar a tradicional posição diplomática sobre o conflito no Médio Oriente.

O reconhecimento unilateral de Jerusalém como a capital do estado judaico, por parte de Donald Trump, deu novos argumentos a Netanyahu.

“Penso que o que o Presidente Trump fez foi colocar claramente os factos em cima da mesa: a paz baseia-se na realidade, a paz baseia-se no reconhecimento da realidade”, disse Benjamin Netanyahu, na conferência de imprensa, segunda-feira, em Bruxelas.

EU foreign ministers reaffirmed that #TwoStateSolution is the only realistic way to achieve peace in #MiddleEast. At today’s #FAC Council, ministers also discussed the situation in:
☑️ #Yemen
☑️ #Syria
☑️ #Iraq
? Learn more at https://t.co/ooy6tR02llpic.twitter.com/ER9ccfxlTp

— EU Council (@EUCouncil) December 11, 2017

A União Europeia defende o modelo de dois Estados que se reconhecem mutuamente e que dividem Jerusalém como capital.

Esta solução tem vindo a perder força desde o colapso do acordo de Oslo, a partir de 2000, com a segunda Intifada e a morte do líder palestiniano histórico, Yasser Arafat.

O analista político Marc Pierini, do centro de estudos Carnegie Europe, argumenta que “Israel conhece muito bem a posição europeia mas, atualmente, quer dizer aos europeus que devem despertar e encarar o facto de que realidade é diferente e que se deve passar a outra coisa”.

The recognition of #Jerusalem will have none of the promised benefits for negotiations and relatively few of the threatened costs. Why? abuaardvark</a> explains: <a href="https://t.co/shLmDzUQCg">https://t.co/shLmDzUQCg</a></p>— Carnegie Europe (Carnegie_Europe) December 11, 2017

A União Europeia tem financiado o processo de paz desde 1993, sobretudo ao nível de infra-estruturas palestinianas destruídas durante ações de retaliação israelita, principalmente na Faixa de Gaza.

Mas face à nova postura do aliado transatlântico, o analista Marc Pierini diz que “no que toca à futura atuação da União Europeia, a primeira questão que se coloca é saber se vai conseguir manter-se unida”.

Alguns Estados-membros, sobretudo da Europa Central, estão prontos a analisar uma solução diferente, mesmo que a maioria diga que é preciso apoiar a posição oficial das Nações Unidas de respeitar as fronteiras anteriores à guerra de 1967.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Política da UE. Parlamento Europeu terá novas regras mas há poucas mudanças para as mulheres

Líderes da UE sob pressão de Zelenskyy para reforçar as defesas aéreas da Ucrânia

Debate sobre o futuro do Pacto Ecológico reacende profundas divisões