NATO recebeu estudo sobre relação entre alterações climáticas e conflitos

NATO recebeu estudo sobre relação entre alterações climáticas e conflitos
De  Isabel Silva

É sabido que as alterações climáticas causam destruição ambiental e perda de vidas, mas podem também levar ao agravamento de fatores que estão na base de conflitos, tais como a gestão de recursos naturais escassos e a pressão migratória.

A euronews falou com o vice-almirante norte-americano Lee F. Gunn, perito militar que apresentou, recentemente, um relatório sobre este tema, na NATO.

“Gostaríamos de ajudar os Estados cujo sistema de governação está mais fragilizado, por forma a não se tornarem estados falhados, territórios desgovernados, nos quais podem surgir novas organizações extremistas violentas ou onde as existentes podem conseguir recrutar mais membros”, disse o vice-presidente do Conselho Consultivo Militar da CNA.


A comunidade militar começa a ver as alterações climáticas severas, tais como a subida do nível do mar e secas prolongadas, como um factor “multiplicador” de ameaças.

De acordo com o vice-almirante, a instabilidade causada pelas alterações climáticas poderá a ser aproveitada por organizações terroristas.

“Durante o tempo em que os membros do autodenominado Estado Islâmico controlavam território no Médio Oriente, limitavam a distribuição da água às pessoas e conseguiram coagir muitas delas, mais facilmente, a fazer tudo o que lhes exigiam”, acrescentou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, tem alertado que a falta de empenho no combate às alterações climáticas pode ter consequências não só socio-económicas mas, também, ao nível da segurança em todo o globo.


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