EUA podem ter danificado reputação como mediador

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De  Isabel Silva
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A embaixadora norte-americana Nickky Haley promete não esquecer o que classificou de “insulto”, apesar do veto dos Estados Unidos ter deitado por terra a resolução do conselho de segurança da ONU que criticava qualquer posição unilateral sobre o estatuto de Jerusalém.

Todos os restantes 14 países votaram a favor do texto, colocando os EUA numa posição desconfortável. Mas será que também danificou profundamente o tradicional estatuto de mediador?

BREAKING: U.S. vetoes UN Security Council vote rejecting Trump’s Jerusalem declaration https://t.co/2EFrrrKwL3

— Haaretz.com (@haaretzcom) December 18, 2017

“Os EUA não iriam dar ouvidos às Nações Unidas sobre onde devem ou não colocar uma embaixada. É como aconselhar a França sobre ter a embaixada em Boston. Os EUA sempre deram muita importância a Jerusalém e foram sempre um interlocutor, um mediador”, disse, à euronews, Lenny Ben-David, escritor e ex-diplomata israelita em Washington (EUA).

“Os Estados Unidos votaram, ontem, a favor da violação da lei internacional. Vai mesmo contra a posição de criticar atos de colonização. Mas os EUA disseram que não há lei internacional, que há apenas o apoio que dão a Israel, que é automático e cego. É por isso que os EUA mostraram ao mundo que Israel é mais importante do que defender a justiça ou o direito internacional”, afirmou, por seu lado, o jornalista israelita Gideon Levy, em entrevista à euronews.

Quem de certeza deixou de reconhecer os EUA como mediador é Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, que deverá visitar Bruxelas a 22 de janeiro, em busca do apoio da União Europeia.

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