A Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, que começa sexta-feira, com cerca de 600 líderes, vai analisar o futuro papel europeu ao nível da defesa mundial mas, também, temas como os fluxos migratórios e os conflitos em várias partes do mundo.
O futuro papel da União Europeia como ator global ao nível da defesa e suas relações com a Rússia e os Unidos Estados é um dos temas de mais uma Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, que começa sexta-feira.
Estarão presentes cerca de 600 líderes, incluindo o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, que esteve na sede da NATO, em Bruxelas, esta semana, para se reunir com os homólogos.
Mas se é compreensível o apelo norte-americano para maior investimento europeu, faz sentido que a ameaça russa seja o pretexto para aumentar a capacidade defensiva?
"A ideia de que, de alguma forma, a Rússia pode ameaçar diretamente a Europa não faz sentido", disse, à euronews, Sven Biscop, perito em defesa no Instituto Egmont, em Bruxelas.
"A única maneira através da qual a Rússia poderia ser uma ameaça para a Europa é se a Europa se enfraquecer a si própria. Se abrimos uma fissura nessa unidade, e alguns governos continuam a sabotar a tomada coletiva de decisões, então estaremos a abrir uma porta para os russos que os próprios russos nunca poderiam abrir", explicou.
Os desafios colocados pelo aumento dos fluxos migratórios e os conflitos no Médio Oriente, em particular na Síria, são outros temas em destaque no encontro de três dias.