Há um aumento de crimes de peculato com fundos da União Europeia, segundo o relatorio de 2017 do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), divulgado, quarta-feira, em Bruxelas. As quase 200 investigações detetaram o uso indevido de mais de três mil milhões de euros.
Há um aumento de crimes de peculato com fundos da União Europeia, nomeadamente destinados à investigação científica e apoio aos refugiados, segundo o relatório de 2017 do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), divulgado, quarta-feira, em Bruxelas.
Não existe uma relação direta entre o número de investigações que efetuámos e o nível de fraude em cada país
Diretor-geral, OLAF
As quase 200 investigações detetaram o uso indevido de mais de três mil milhões de euros.
"Não existe uma relação direta entre o número de investigações que efetuámos e o nível de fraude ou corrupção em cada país. Haver mais casos a serem investigados pode indicar apenas que há maior colaboração com esse país, ou bastante informação, em determinado momento, sobre um país em particular. Logo, não se podem fazer generalizações", explicou, à euronews, Nicholas Ilett, diretor-geral do OLAF.
Nicholas Ilett explica, assim, o facto de três Estados-membros do leste - a Hungria, a Polónia e a Roménia - serem alvo de uma dezena de casos, cada um, ocupando o topo da lista.
No caso da Hungria, uma das suspeitas recai sobre o genro do primeiro-ministro, à frente de um projeto de iluminação pública.
"Estou muito ciente de que esta investigação teve um impacto político. Mas não há nada de especial na investigação. Fazemos muitas investigações em vários países e vamos continuar a fazer o nosso trabalho", acrescentou o diretor-geral.
As autoridades húngaras exigem manter em segredo os detalhes deste caso e têm-se recusado a abrir uma investigação interna.