Migração: Eurodeputados insistem na partilha do fardo

Migração: Eurodeputados insistem na partilha do fardo
De  Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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O destino dos mais de 600 migrantes resgatados do mar Mediterrâneo pelo navio Aquarius aqueceu o debate no Parlamento Europeu, terça-feira, em Estrasburgo. Cécile Kyenge, ex-ministra da Integração de Itália e agora eurodeputada socialista, insiste na necessidade de partilhar o fardo.

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"Quando, por amor de Deus, é que o Conselho Europeu tomará uma decisão sobre esta questão da migração e assumirá a sua responsabilidade, quando?", perguntou Guy Verhofstadt, líder do grupo liberal no Parlamento Europeu, esta terça-feira, durante a sessão plenária, em Estrasburgo.

O destino dos mais de 600 migrantes resgatados do mar Mediterrâneo pelo navio Aquarius aqueceu o debate sobre o tema que divide os membros da União Europeia.

Cécile Kyenge, ex-ministra da Integração de Itália e agora eurodeputada socialista, insiste na necessidade de partilhar o fardo.

"Espanha aceitou acolher os migrantes e é necessário que os outros Estados-membros demonstrem que existe efetivamente solidariedade entre os diferentes países. Não custa nada distribuir as pessoas pelos outros Estados-membros da União Europeia", disse à euronews.

Contudo, a única tentativa de criar quotas de recolocação acabou num fracasso com vários países a recusarem a medida, como recordou o líder do grupo dos verdes, Philippe Lamberts.

"A Europa não só não assumiu a liderança, como mostra que não há solidariedade na migração. Há mais de dois anos, decidimos recolocar, por toda a União Europeia, 160 mil requerentes de asilo, mas apenas 30 mil foram redistribuídos. Vemos bem que a maioria dos Estados-membros vai empurrando com a barriga", afirmou Philippe Lamberts.

Por seu lado, a Comissão Europeia, recordou que propõe quase 35 milhões de euros para a gestão da migração e das fronteiras no orçamento de 2021-2027, quase o triplo em comparação com o orçamento anterior.

Mas tanto ou mais do que dinheiro, o bloco precisa de ter uma política comum e esse desígnio parece longe de ser atingido entre os países.

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