A Comissão Europeia promete averiguar, dentro de quatro meses, se a Guarda Costeira italiana fez um uso indevido de fundos europeus destinados ao resgate e salvamento no mar. Essa acusação partiu do jornal EUObserver, esta quarta-feira, num artigo de investigação jornalística.
A Comissão Europeia promete averiguar, dentro de quatro meses, se a Guarda Costeira italiana fez um uso indevido de fundos europeus destinados ao resgate e salvamento no mar.
Neste momento não podemos confirmar se os factos alegados na notícia a que se referiu são verdadeiros
Porta-voz da Comissão Europeia
Essa acusação partiu do EUObserver, esta quarta-feira, num artigo de investigação jornalística. O jornal online alegou que cerca de 200 mil euros de fundos comunitários foram usados para escoltar o navio humanitário privado Aquarius, com mais de 600 requerentes de asilo a bordo, até Espanha, em junho passado, em vez de os encaminhar para território italiano, muito mais próximo do local de resgate.
"Temos procedimentos padronizados para fazer a avaliação sobre este tipo de ações e os custos que acarretam, mas só nos pronunciamos após terminar o prazo de entrega do relatório por parte da entidade em causa. Neste momento não podemos confirmar se os factos alegados na notícia a que se referiu são verdadeiros", disse Tove Ernst, porta-voz da Comissão Europeia, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
A UE destinou um total de 219 milhões de euros para ações de resposta a emergências no mar levadas a cabo pelas autoridades de Itália, tendo o país recebido até agora 147 milhões de euros.
Se, após a avaliação, a Comissão Europeia detetar uso indevido de fundos, o governo de Itália poderá ter de reembolsar o montante ou enfrentar cortes nos pagamentos posteriores.