Comissão Europeia avança com primeiras sanções contra Itália por défice excessivo

Itália não cede e a Comissão Europeia segue em frente. A 21 de novembro, o executivo europeu vai apresentar um relatório sobre a dívida do país. Cabe a Roma o passo seguinte, com duas semanas para responder. E aqui começam a desenhar-se os cenários possíveis.
Se os ministros das Finanças europeus assim decidirem, fica aberto o processo disciplinar que poderá obrigar o executivo de Giuseppe Conte a corrigir em três meses o desvio excessivo das metas fiscais.
Como medida de precaução, Bruxelas poderá também pedir a Itália a reserva de um depósito sem juros de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e estabelecer um prazo para reduzir a dívida.
A penalização por falhar este prazo pode chegar aos 0,2% do PIB, ou seja, uma multa de 3 mil e 400 milhões de euros.
Mas o campo das sanções é vasto e pode também incluir a suspensão de fundos europeus, ou uma monitorização fiscal por parte da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), muito semelhante ao mec anismo de resgate
"Para proteger as famílias e as empresas do aumento das taxas de juros, os países com dívidas elevadas simplesmente não deveriam aumentar ainda mais a dívida. E todos deveriam respeitar as regras da União Económica e Monetária", declarou Mário Draghi, presidente do BCE.
Itália poderá enfrentar penalizações ainda mais rigorosas por parte da União Europeia: uma multa que pode chegar aos 0,5% do PIB, isto é, 8 mil e 600 milhões de euros dos cofres italianos.