Mulheres debatem "promessa" da Igualdade na CE

Helena Dalli de Malta está indicada para a pasta da Igualdade na Comissão Europeia
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De  Isabel Marques da Silva
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Um documentário sobre Éliane Vogel-Polsky, advogada belga que lutou pela igualdade de remuneração entre homens e mulheres, foi o pretexto para debater, em Lisboa, a promessa de promoção da Igualdade feita pela presidente da futura Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

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Apelidada de "mãe do modelo social europeu" na década de 1960, Éliane Vogel-Polsky teria apreciado as duas medidas para promover os direitos das mulheres adotadas pela primeira mulher que presidirá à Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A paridade no número de comissários femininos e masculinos na sua equipa e a criação de uma pasta para a Igualdade também são apoiadas por uma jovem ativista de direitos humanos, mas pensa que é preciso ir mais longe.

"É preciso promover o sistema de quotas nos Estados-membros, é um trabalho muito importante. Vimos como foi possível implementar, de facto, a paridade na Comissão Europeia. As quotas seriam uma boa maneira dos Estados-membros pressionarem para haver mais igualdade de género", disse, à euronews, Julie M. Rosenkilde, coordenadora do NYT Europe.

Empenho da nova geração

O documentário sobre Éliane Vogel-Polsky, advogada belga que lutou pela igualdade de remuneração entre homens e mulheres (falecida em 2015), foi exibido numa sessão promovida pela Plataforma Portuguesa dos Direitos das Mulheres, em Lisboa, para debater este tema com ativistas e uma eurodeputada.

Agnes Hubert, especialista em política do género que co-dirigiu o filme, admira o empenho da geração mais jovem: "Sou professora e vejo que muitas das minhas alunas têm mais confiança no seu próprio valor e também na contribuição que podem dar para criar um mundo que melhor se adapte às suas necessidades".

Pasta para Helena Dalli

A pasta da Igualdade na Comissão Europeia deverá ser entregue a Helena Dalli, ex-ministra de Malta que tem trabalhado nesta área. Dalli vai ter a sua audição no Parlamento Europeu, na quarta-feira. É nestas audições que os eurodeputados tentam perceber o que são as novas pastas com nomes sonantes, refere a socialista portuguesa Margarida Marques.

"O primeiro desafio é entender qual será o nível de financiamento de cada uma das políticas. O segundo é entender que políticas específicas estão ocultas por trás dos títulos atribuídos a cada um dos comissários", explicou a eurodeputada.

No caso da pasta da Igualdade, está prevista a criação de um grupo de trabalho transversal a toda a Comissão Europeia, que talvez ajude a realizar o sonho de Éliane Vogel-Polsky.

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