A comissária indigitada para a pasta do Mercado Interno foi suspeita de envolvimento num caso de empregos fictícios.
Na ronda de audiências aos membros designados da Comissão Von der Leyen, chegou a vez de uma das nomeações mais espinhosas, a da francesa Sylvie Goulard, nomeada para a pasta do Mercado Interno. Enquanto foi eurodeputada, Goulard foi suspeita num caso de empregos fictícios e quis, nesta audiência, colocar os pontos nos is.
"Estou limpa. Respeitei a decisão do secretariado-geral deste parlamento. Estou serena e confiante porque, como vos disse, não fui constituída arguida. Se vier uma decisão judicial eu respeito-a mas, sobretudo, peço-vos que respeitem a presunção de inocência", disse a comissária indigitada.
Além deste caso, Sylvie Goulard teve também de se explicar sobre o cargo de consultora num grupo de reflexão norte-americano, que ocupou igualmente quando era eurodeputada. Goulard relembrou que tudo aconteceu dentro da legalidade e os pagamentos foram declarados. Mas os eurodeputados levantam questões deontológicas, sobretudo quanto ao salário que a comissária indigitada auferia, mais de 10.000 euros por mês.