A candidata francesa à Comissão Europeia foi rejeitada pelo Parlamento Europeu. A liberal Sylvie Goulard junta-se à socialista romena e ao ultraconservador húngaro no lote dos que não passaram nas audições.
A candidata francesa à Comissão Europeia foi rejeitada pelo Parlamento Europeu. A liberal Sylvie Goulard junta-se à socialista romena e ao ultraconservador húngaro no lote dos que não passaram nas audições.
Na segunda audição, quinta-feira, a indigitada defendeu-se das críticas sobre falta de integridade em questões financeiras pessoais.
"Não fui até agora indiciada de crimes. Portanto, peço, simplesmente, que levem em consideração os factos e que tomem uma decisão de acordo com a vossa consciência. Entre os princípios importantes, como o citado sobre a integridade dos políticos, há também o princípio da presunção de inocência", afirmou Sylvie Goulard.
A justiça francesa e o Organismo Europeu de Luta Antifraude investigam o alegado uso indevido de dinheiro europeu quando era eurodeputada. Em causa está, também, os honorários oriundos de entidades privadas que acumularam com o salário do Parlamento Europeu.
Jogo político, diz Macron
Goulard tinha sido indigitada para a importante pasta do Mercado Interno e o presidente francês, Emmanuel Macron, criticou a decisão, apelidando-a de "jogo político".
Thierry Mariani, eurodeputado francês da extrema-direita, realçou que "pela primeira vez foi rejeitado um candidato francês, sendo que se trata de um país fundador da União. Penso que é uma uma afronta a Macron e uma vitória para o Parlamento, na medida em que, de agora em diante, só poderá aceitar candidatos irrepreensíveis ".
Os novos candidatos vindos de França, Roménia e Hungria terão de passar em nova série de audições, o que poderá atrasar a votação final sobre toda a equipa da Comissão Europeia, marcada para 24 de outubro.