Evitar um Brexit caótico é "um alívio", diz Costa

Evitar um Brexit caótico é "um alívio", diz Costa
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De  Isabel Marques da Silva com LUSA
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A perspetiva de um Brexit ordenado em vez de caótico é, assim, um alívio, disse o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à saída do primeiro dia da cimeira da União Europeia, em Bruxelas.

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O divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia a 31 de janeiro parece agora mais realista face à maioria absoluta obtida pelo primeiro-ministro britânico conservador, Boris Johnson.

Isso significa que o país e a União Europeia deverão começar a trabalhar, o mais rapidamente possível, num acordo de livre comércio.

A perspetiva de um Brexit ordenado em vez de caótico é, assim, um alívio, disse o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à saída do primeiro dia da cimeira da União Europeia, em Bruxelas.

"Tendo que haver Brexit, ser um Brexit devidamente negociado, acordado, preparado, claro que é um alívio, porque as consequências, quer para os direitos dos cidadãos, quer para as empresas seriam extremamente negativos. Vamos ver se o novo parlamento aprova finalmente o acordo. Este já é o quarto acordo que a UE negocia com o Reino Unido, portanto, espero que à quarta seja de vez", disse Costa.

Os trabalhos de quinta-feira centraram-se na aprovação das metas do Pacto Ecológico Europeu, mas não houve unanimidade porque a Polónia não se sente pronta a assumir o compromisso da neutralidade carbónica em 2050. O tema voltará a ser discutido em junho de 2020.

Proposta finlandesa de Orçamento da UE "morta"

Mas para António Costa, a boa notícia tem a ver com a discussão do orçamento plurianual da União Europeia para 2021-2027.

"Diplomaticamente, foi morta a proposta da Finlândia e a discussão foi concluída em cinco minutos. Ficou decidido que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, irá ter relações bilaterais com todos os Estados-membros para passarmos à negociação final do quadro financeiro plurianual, que espero que seja uma negociação rápida porque é preciso evitar, a todo o custo, que haja um grande atraso na aprovação do novo quadro", explicou o primeiro-ministro.

A proposta finlandesa defendia contribuições dos Estados-membros equivalentes a 1,07% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) conjunto da UE a 27 países (sem o Reino Unido), valor abaixo da proposta original da Comissão Europeia (1,11%) e liminarmente rejeitado por um grupo alargado de países, como Portugal (que defende pelo menos 1,16%), assim como pelo Parlamento Europeu (cuja ambição chega aos 1,3%).

A cimeira da zona euro é o ponto alto do segundo dia da cimeira, esta sexta-feira, sendo para Portugal muito importante concretizar o mais rapidamente possível o Instrumento Orçamental de Convergência e Competitividade.

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