"Breves de Bruxelas": Cinema europeu à conqusita dos Óscares?

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De  Isabel Marques da Silva
"Breves de Bruxelas": Cinema europeu à conqusita dos Óscares?
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Três atores, um carro, uma sala e quase 15 minutos de diálogo tenso e emocional chamaram a atenção da Academia dos Óscares. O filme "Uma irmã", da jovem cineasta belga Delphine Girard, foi nomeado na categoria curtas-metragens, por especialistas da maior indústria cinematográfica do mundo.

"O que é importante para mim é criar uma história com significado profundo, realizar um filme que eu também gostaria de ver como espetadora, mas também é muito bom se emocionar as outras pessoas. Com o meu produtor e a minha equipa, fazemos uma reflexão sobre como encontrar um lugar no mundo para este filme", disse a realizadora à euronews.

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Delphine Girard realizou o filme "Uma irmã"euronews

**EUA com 27% das receitas de bilheteira **

As receitas de bilheteira de cinema a nível mundial superaram os 41 mil milhoes de dólares, em 2018, com os EUA a receberem mais de um quarto do bolo (27%), ficando a União Europeia com 22%.

As empresas de serviços de streaming de vídeo são cada vez mais poderosas na distribuição e produção de filmes e séries.

É uma oportunidade, mas também um desafio para a Europa, que continua a considerar o cinema como um serviço público e não apenas um produto comercial.

"Se não existir uma estrutura fortemente regulamentada para este setor, o acesso do público diminuirá. Consideramos que existe uma correlação clara entre a intervenção pública, seja através de regulamentação ou do financiamento público, e a quota de mercado conquistada pelos filmes nacionais e europeus", explicou Pauline Durand-Vialle, diretora-executiva da Federação de Cineastas Europeus.

Apoio à divulgaç****ão

O programa da Comissão Europeia "Europa Criativa" pretende investir 1,8 mil milhões de euros no setor cultural, nos próximos sete anos, o que representaria mais 30 por cento do que no anterior orçamento plurianual. O sub-setor audiovisual vai manter-se como prioridade para apoiar a diversidade linguística e cultural na União.

"Temos uma capacidade muito rica para contar histórias, mas às vezes somos menos bons na sua partilha, na divulgação, em fazer chegar essas histórias a outros sítios. É por isso que vamos forcar-nos em tornar os nossos filmes e séries de TV mais visíveis, mais conhecidos, promovendo-os e criando apetite para eles", afirmou Martin Dawson, chefe de unidade-adjunto do programa Europa Criativa na vertente Media e Audiovisual.

Espanha, França, Polónia, Macedónia do Norte e Coreia do Sul têm produções nomeadas para o Óscar de Melhor Longa Metragem Internacional.