Brexit: "A esperança é a última a morrer", diz Jonhson

Brexit: "A esperança é a última a morrer", diz Jonhson
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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Um acordo de livre comércio será fundamental para evitar grandes custos e burocracias nas muitos entrelaçadas relações económicas entre as partes.

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Depois das conversas ao telefone, o primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson, vai viajar de Londres para Bruxelas, na quarta-feira ao final do dia, a fim de se encontrar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para tentar fechar um acordo comercial pós-Brexit.

“A situação atual é muito complicada. Penso que os nossos amigos acabarão por compreender que o Reino Unido deixou a União Europeia para poder exercer um papel mais democrático na forma como fazemos as coisas. Há também a questão da pesca, sobre a qual estamos em grande desacordo. Mas a esperança é a ultima a morrer e farei o que estiver ao meu alcance para chegar a uma solução”, disse Boris Johnson, terça-feira, a um jornalista, em Londres.

Houve algum progresso, esta semana, já que o governo britânico recuou na intenção de aprovar legislação sobre o mercado interno que violaria o Acordo de de Saída da União Europeia, já ratificado.

Esse tratado é fundamental para evitar criar uma fronteira rígida entre a província britânica da Irlanda do Norte e o resto da ilha da Irlanda, Estado-membro da União Europeia, o que poderia fazer regressar a violência entre as duas comunidades.

“O nosso objetivo foi sempre claro: proteger o acordo de Sexta-feira Santa para manter a paz e a estabilidade para a posteridade na ilha da Irlanda e preservar a integridade do mercado único da União Europeia”, disse Maros Sefčovič, vice-presidente da Comissão Europeia, terça-feira.

Planos de contingência

Mas o um acordo de livre comércio será fundamental para evitar grandes custos e burocracias nas muitos entrelaçadas relações económicas entre as partes.

“Principalmente no Parlamento Europeu, mas também nos governos dos Estados-membros, está a aumentar a impaciência. Faltam três semanas para acabar o período de transição e ainda não sabemos se conseguiremos chegar a um acordo", afirmou Kati Piri, eurodeputada neerlandesa do centro-esquerda, em entrevista à euronews.

 "Se não houver acordo, teremos de aprovar medidas de contingência para lidar com o impacto que a falta de acordo teria sobre os cidadãos e as empresas em toda a Europa e no Reino Unido. Todos estão cada vez impacientes", acrescentou.

Os impasses sobre acordo pós-Brexit e a aprovação do novo orçamento da União Europeia, a meio de um pandemia, dominam pesadamente a cimeira,  no final da semana, em Bruxelas.

Será caso para os líderes invocarem, em 2020, uma frase da Rainha de Inglaterra, em 1992: este foi um ano horribilis.

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