UE investe quatro mil milhões de euros no combate ao cancro

Paciente com linfoma recebe imunoterapia celular como parte de um estudo sobre novos tratamentos
Paciente com linfoma recebe imunoterapia celular como parte de um estudo sobre novos tratamentos Direitos de autor Elaine Thompson/Copyright 2017 The Associated Press. All rights reserved.
De  Isabel Marques da Silva
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Dez iniciativas serão colocadas em prática até 2030, mas como mais de 40% dos cancros podem ser evitados, haverá novas propostas legislativas para reduzir alguns consumos.

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Na véspera do Dia Mundial de Luta contra o Cancro, celebrado a 4 de fevereiro, a Comissão Europeia apresentou um Plano de Combate dotado de quatro mil milhões de euros para contemplar prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Dez iniciativas serão colocadas em prática até 2030, mas como mais de 40% dos cancros podem ser evitados, haverá novas propostas legislativas para reduzir alguns consumos.

“Queremos criar uma geração de europeus sem tabaco. Queremos reduzir o número de fumadores na Europa dos atuais 25% para 5% até 2040. O mesmo se aplica ao consumo prejudicial de bebidas alcoólicas, que queremos reduzir para 10% em 2025", anunicou Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia.

  • 2,7 milhões de pessoas foram diagnosticadas com cancro em 2020, na União Europeia, tendo morrido 1,3 milhões
  • O impacto nos sistemas de saúde e na economia é de cerca de 100 mil milhões de euros por ano
  • Em 2035, os casos de cancro poderão aumentar 25%, tornando-se a principal causa de morte na UE

**Mais investigação **

O plano será analisado, até setembro, pela Comissão Especial do Combate ao Cancro do Parlamento Europeu.

A vice-presidente dessa comissão, Sara Cerdas, eurodeputada portuguesa do centro-esquerda,  disse à euronews que muito do investimento deverá ir para a investigação: “Em 50% das doenças oncológicas não sabemos quais são os fatores de risco. Por isso, precisamos de investir na investigação europeia e na nossa capacidade de desenvolver estudos epidemiológicos com uma abordagem a longo prazo para que possamos identificar os diferentes riscos fatores".

A Comissão Europeia admitiu que a pandemia de Covid-19 diminuiu, significativamente, as possibilidades de diagnóstico e tratamento do cancro pelo que irá desenvolver um plano de contingência para evitar que esses problemas se repitam.

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