Qual a herança europeia de Angela Merkel?

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Percurso da chanceler alemã recordado com elogios

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Ao fim de 16 anos no cargo, a chanceler alemã, que se prepara para cessar funções, recebeu rasgados elogios a nível mundial.

De acordo com um novo estudo do instituto americano Pew Research Center, quase 80% dos entrevistados revelaram ter plena confiança em Angela Merkel e uma visão positiva sobre a Alemanha.

Mas e em relação à esfera política europeia, que herança é que Merkel deixa por estas paragens?

Em entrevista à Euronews, a eurodeputada luxemburguesa do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, Tilly Metz, disse que Merkel "é um símbolo de muita serenidade, muito zen, em situações bastante difíceis."

O ministro irlandês dos Assuntos Europeus, Thomas Byrne, acrescentou: "Se olharmos todos para ela, percebemos que vai ao supermercado regularmente e vive uma vida muito simples. Ao mesmo tempo lidera uma das maiores economias do mundo. Penso que todos os políticos poderiam colocar os olhos nela."

Já Maria João Rodrigues, presidente da Fundação Europeia de Estudos Progressistas (FEPS), fala numa pessoa "pró-Europeia, muito bem preparada, mas cautelosa, conservadora de certa forma."

O eurodeputado grego Dimitrios Papadimoulis, do Grupo Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde ressalva: "É uma líder forte, mas penso que agora na Alemanha também há uma maioria que defende a mudança. Na Europa também faz falta a mudança."

A mudança na Alemanha é certa, mas como é que as coisas podem mudar na União Europeia e no continente sem que Merkel se sente à mesa?

Georg Riekeles, do centro de estudos European Policy Centre explica: "A Alemanha dominará menos. Durante mais de uma década, as decisões giraram em torno de Merkel. Em termos de liderança na União Europeia, Ursula von der Leyen está a perder um mentor, então pode estar, de certa forma, enfraquecida. Também veremos Emanuel Macron ir a eleições que pode perder, quem sabe, pode estar mais ausente. Por isso, este é realmente o momento para a Ursula von der Leyen e Charles Michel se chegarem à frente."

Aconteça o que acontecer e independentemente de se contestar a herança de Angela Merkel, as gerações futuras ouvirão falar sempre de uma das mulheres mais poderosas do mundo - de acordo com a revista Forbes - e sobre o papel que desempenhou na história europeia.

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