Escritora ucraniana Oksana Zaboujko destacou coragem das mulheres ucranianas durante discurso no Parlamento Europeu para assinalar Dia Internacional da Mulher
No Dia Internacional da Mulher, ouviu-se uma chamada de atenção para a resiliência das mulheres ucranianas, em tempo de guerra.
Em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, a escritora Oksana Zaboujko lembrou a coragem e a força de muitas compatriotas.
São mulheres de armas - disse - que agora se defendem com unhas e dentes contra a invasão russa: "as mulheres estão apenas a lutar contra a escuridão do totalitarismo que está prestes a devorar o seu país. Porque Vladimir Putin disse que não haverá Ucrânia, que não deveria haver Ucrânia, e isso significa que nos quer negar a nossa existência. As mulheres protegem o seu país, as suas cidades, as suas casas, as suas famílias e os seus entes queridos. E protegem a Europa, sem qualquer premeditação especial".
Oksana sublinhou que as mulheres ucranianas lutam em várias frentes: no terreno, na gestão logística e, inclusive, ao dar à luz em condições adversas.
Quanto à escritora, luta como pode, através das palavras. Usa a força das mesmas como alerta e para sublinhar que cada segundo de hesitação do Ocidente pode custar ainda mais vidas.
"Acordem e ajudem-nos a lutar, antes que eles venham atrás de vocês. Neste momento, a guerra já está em curso, a guerra está na Europa e as cidades europeias, as cidades da Ucrânia, estão debaixo de fogo. É hora de pensar na própria segurança", ressalvou Oksana Zaboujko
A escritora esteve na Ucrânia, pela última vez, há duas semanas.
Regressar ao país natal não passa, para já, de uma miragem.