PM polaco diz que embargo ao petróleo russo acabará por avançar

Primeiro-ministro polaco falou sobre o sexto pacote de sanções europeias contra a Rússia em entrevista exclusiva à Euronews
Primeiro-ministro polaco falou sobre o sexto pacote de sanções europeias contra a Rússia em entrevista exclusiva à Euronews Direitos de autor Thibault Camus/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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Mateusz Morawiecki manifestou-se, em entrevista à Euronews, sobre o sexto pacote se sanções europeias contra a Rússia, proposto por Bruxelas, que contempla uma proibição das importações de petróleo do país. Alguns Estados-membros mostram resistência

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O primeiro-ministro polaco diz que o sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, que contempla um embargo total às importações de petróleo do país, acabará por ser aprovado, por unanimidade.

Mateus Morawiecki garantiu isso mesmo durante uma entrevista exclusiva à Euronews, à margem da conferência internacional de doadores para a Ucrânia que decorreu esta quinta-feira na capital polaca.

Assegurou que falou com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre o assunto e que entende que as sanções vão avançar, mesmo apesar de algum atrito entre os Estados-membros.

"Existem diferentes países em diferentes posições em termos de dependência de petróleo e de gás russos, e nós entendemos isso. Há discussões em curso com a Comissão Europeia sobre quais poderiam ser os períodos de transição provisórios, mas esses países não vão bloquear as sanções, tanto quanto sei", insistiu Morawiecki.

Os Estados-membros continuam a acertar agulhas para encontrar uma solução para a resistência da Hungria, Eslováquia e **República Checa,**que dizem não conseguir acabar com dependência do petróleo russo tão cedo e que pedem períodos de transição dilatados.

Até agora, governo húngaro mostrou não estar disposto a apoiar as sanções, a não ser que Budapeste obtenha uma isenção especial.

Os eurodeputados que defenderam um embargo total a todos os combustíveis fósseis russos não gostam da ideia de alguns países receberem tratamento especial.

"Não estou muito contente com o facto estarem previstas isenções. Esperava que todo o Conselho e toda a União Europeia agissem em simultâneo. É uma má notícia sempre que a atuação de Viktor Orbán [primeiro-ministro húngaro] é recompensada", sublinhou Luis Garicano, eurodeputado espanhol do Grupo Renovar a Europa.

Os embaixadores da União Europeia reúnem-se esta sexta-feira, à procura de uma solução para o impasse.

Para ser aprovado, o pacote de sanções requer a aprovação de todos os 27 Estados-membros.

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