Alemão conseguiu 89% dos votos favoráveis. Tem pela frente a missão de revitalizar o PPE
Combater o declínio da maior família política no Parlamento Europeu - o Partido Popular Europeu (PPE) - rumo às eleições de 2024.
É a missão, tão clara como desafiante, que o alemão Manfred Weber tem pela frente. Acaba de ser eleito, durante um congresso em Roterdão, com 89% dos votos a favor, presidente do PPE.
A família política integra os portugueses PSD e o CDS-PP, mas conta atualmente com apenas oito chefes de Estado e de Governo no conjunto dos 27 Estados-membros.
Também está ausente do poder em cinco dos Estados-membros com maior poder económico no bloco: Alemanha, França, Itália, Espanha e Países Baixos.
"A principal tarefa será, como se ouviu do recém-eleito presidente Manfred Weber, consolidar o partido antes das eleições europeias, para revigorar a nossa filiação em todos os Estados-membros da União Europeia. Também tentar ganhar a confiança dos nossos eleitores em todo o continente europeu e ser, novamente, a família política mais forte e o partido político mais forte da União Europeia", sublinhou, em entrevista à Euronews, Andrej Plenković, primeiro-ministro da Croácia.
Manfred Weber vai substituir o polaco Donald Tusk. Acumulará o cargo com as funções de líder do grupo político no Parlamento Europeu, com as atenções voltadas para a crise económica e a afirmação da família política.
"A maior luta é lidar com a crise nos momentos de realidade europeia. Isso significa dar uma resposta adequada sobre a guerra e também evitar uma recessão na Europa, que as pessoas estão a sofrer do lado económico. E o PPE é o partido do como. Sabemos como administrar as coisas. E é isso que faremos. O PPE é a pedra. Estamos a juntar as coisas, estamos a unificar posições. Da esquerda e também da extrema-direita vemos, por vezes, propostas claramente ideológicas. É isso que temos de combater de uma forma muito democrática", sublinhou em recém-eleito presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber.
Outra das prioridades é combater o populismo, que Manfred Weber conhece bem. O antecessor, Donald Tusk, lembrou que foi o alemão foi uma das pessoas do partido que mais o ajudou a "resolver o problema do Fidesz", a formação do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que acabou por excluída do PPE.