Liberais e democratas europeus reunidos em Dublin

O congresso contou com representantes da Ucrânia
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De  Méabh Mc Mahon
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Delegados discutem prioridades de olhos nas eleições europeias de 2024

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Dublin acolhe, por estes dias, o Congresso da Aliança dos Liberais e Democratas na Europa (ALDE).

Cerca de mil delegados do bloco, comissários europeus e chefes de Governo rumaram à capital da Irlanda para discutir prioridades rumo às eleições europeias de 2024.

A guerra na Ucrânia e as taxas de inflação recorde são alguns dos muitos desafios pela frente.

"Há um enorme impacto da inflação, do custo de vida, ameaças potenciais às perspetivas económicas para os próximos anos. São questões significativas que podem alimentar o descontentamento com um eleitorado mais vasto. A política centrista e a política liberal precisam de defender o seu espaço, explicar-se e reconetar com o eleitorado", sublinhou o eurodeputado irlandês Billy Kelleher.

Na Europa, os liberais e democratas contam com seis comissários europeus e cinco chefes de Governo entre os 27.

Um deles é o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, um crítico feroz do homólogo húngaro, Viktor Orbán, acusado de fazer chantagem durante a negociação do mais recente pacote de sanções contra a Rússia.

"Chegámos a um acordo. E um acordo é um acordo. Não se pode aparecer do nada, um dia depois, e falar numa ameaça, dizer que não se pode avançar porque há o nome de uma pessoa incluído na lista de sanções da União Europeia. Já se sabia que o nome do chefe da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Cirilo, constava da lista de sanções. Enviei uma mensagem a Viktor Orbán a dizer que as exigências que fez [para retirar o nome da lista negra] não são aceitáveis, que não gostei de nada disto. Foi inaceitável. Continuo à espera de uma resposta", disse Xavier Bettel.

"Servo do Povo", o partido fundado pelo presidente da Ucrânia, juntou-se à família política europeia dos liberais e democratas.

A adesão da Ucrânia à União Europeia foi, por isso, tema de conversa, com o grupo político a defender esse passo.

"A Ucrânia precisa de ter uma candidatura clara para termos um plano concreto sobre o que precisamos de fazer. Depois deixem o resto connosco. Vamos trabalhar o mais possível para responder a cada uma das exigências da lista", garantiu a deputada ucraniana Kira Ruddik.

Com a desigualdade em alta e uma grande divisão entre as cidades e o campo em todo o continente, os liberais terão de ser bastante hábeis para conseguir converter os eleitores que se sentem deixados para trás.

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