Fim da venda de carros a diesel e gasolina a partir de 2035

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Eurodeputados aprovaram, esta quarta-feira, a medida mas dividiram-se, acabando por rejeitar, emendas às propostas de reforma do mercado do carbono

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Até 2035, a venda de carros a diesel e gasolina tem os dias contados. O Parlamento Europeu aprovou a proibição de venda de automóveis novos com motor de combustão interna, a partir dessa altura. A decisão ainda precisa, no entanto, do aval dos governos europeus para se elaborar a legislação final.

Apesar de os eurodeputados dizerem sim à proposta - uma das mais importantes - que consta do pacote legislativo "Fit for 55", faltou acordo em relação a outras medidas climáticas.

Durante uma sessão dominada pelo caos, rejeitaram os planos para para reformar o sistema europeu de comércio de licenças de emissões (ETS, no acrónimo em inglês), entre acusações mútuas de alianças com a extrema-direita.

"É uma realidade que os socialistas, os verdes e a esquerda votaram em conjunto com a extrema-direita contra a proposta da maioria deste parlamento. Essa é a realidade. Não mudem a história. Isso não é justo", denunciou Manfred Weber, eurodeputado alemão, líder do grupo parlamentar do Partido Popular Europeu.

Manon Aubry, co-líder do grupo da Esquerda no Parlamento Europeu, devolveu as acusações: "quem -  senhores do Partido Popular Europeu - é que votou com a extrema-direita para dar poder aos lóbis? Quem são os responsáveis por negar as alterações climáticas? São vocês.".

A rejeição da proposta, por parte dos socialistas, da esquerda e dos verdes, justificada como uma reação à tentativa dos conservadores de diluir o texto, provocou surpresa.

Argumentaram que por causa da introdução de uma série de emendas não era suficientemente ambiciosa.

"Somos capazes de fazer muitos compromissos, mas se se diluir as ambições da Comissão Europeia, que está em linha com o Pacto Ecológico Europeu e a lei climática, não apoiaremos a proposta", sublinhou a eurodeputada socialista belga Kathleen van Brempt.

Além da proposta sobre o comércio de licença de emissões foi também adiada a a votação sobre a proposta para a criação de um novo Fundo Social de Ação Climática e do novo Mecanismo de Ajustamento de Carbono nas Fronteiras (CBAM no acrónimo em inglês), o que despertou criticas.

"A posição dos socialistas é incrível. Quando perdem, decidem parar a reforma", disse Antonio Tajani, eurodeputado italiano do Grupo do Partido Popular Europeu.

As negociações vão voltar à comissão de Ambiente do Parlamento Europeu em nome de um compromisso para o pacote legislativo apresentado por Bruxelas com o intuito de reduzir as emissões de CO2 em pelo menos 55%, até 2030, em relação aos níveis de 1990, e atingir a neutralidade climática em 2050.

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