Bruxelas apresenta plano de emergência sobre gás em julho

A segunda jornada da cimeira europeia que decorreu em Bruxelas foi dominada por questões económicas
A segunda jornada da cimeira europeia que decorreu em Bruxelas foi dominada por questões económicas Direitos de autor European Union, 2022.
Direitos de autor European Union, 2022.
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia durante a conferência de imprensa final da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, em Bruxelas

PUBLICIDADE

Custo de vida, inflação e crise energética. O clima económico preocupante dominou a segunda jornada da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que é preciso preparar a Europa para problemas com o fornecimento de gás russo.

Lembrou que o executivo comunitário apresenta, em julho, um plano de emergência reduzir procura de energia.

"Isto começa por estarmos devidamente preparados para lidar com futuras possíveis disrupções nas entregas de gás russo à Europa e estamos a trabalhar arduamente nesta questão. Revimos todos os planos nacionais de emergência para garantir que todos estão prontos para futuros cortes e estamos a trabalhar num plano europeu de redução da procura com a indústria, mas também com os 27 Estados-membros", sublinhou, em conferência de imprensa, von der Leyen.

Até o momento, 12 Estados-membros foram total ou parcialmente privados do gás russo.

Os líderes dos 27 acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, pode piorar as coisas.

"Dada a questão energética e a decisão clara de Vladimir Putin de intensificar a crise energética potencialmente para o inverno, ao cortar o fornecimento de gás à Alemanha e outros Estados-membros, antevemos um inverno muito desafiante em termos de crise energética que será acompanhado de problemas de fome e com alimentos", ressalvou Micheál Martin, primeiro-ministro da Irlanda.

Ainda que os Estados-membros concordem com o diagnóstico, não há tanto consenso sobre a resposta a adotar.

Alguns países, como a Itália, defendem um limite ao preço do gás natural, mas a ideia esbarra com quem quer evitar qualquer tipo de intervenção nos mercados.

E o debate alargado sobre o assunto não voltará a estar em cima da mesa até depois do verão, talvez tarde demais.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

UE lança inquérito sobre aquisição de dispositivos médicos produzidos na China

Colheitas de fruta em risco: "Chegámos a ter temperaturas de 30º, de repente ficámos abaixo de zero"

Eurodeputado alemão mantém candidatura às europeias depois de o assessor ser detido por espionagem