Alemanha está contra um teto máximo para o preço do gás

Anna Lührmann,  ministra de Estado para a Europa, Alemanha
Anna Lührmann, ministra de Estado para a Europa, Alemanha Direitos de autor JOHN THYS/AFP or licensors
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De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
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Medidas para lidar com o aumento dos preços da energia na UE são urgentes, mas Anna Lührmann, ministra de Estado para a Europa, disse à euronews que essa proposta seria mal recebido pelos fornecedores.

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A Alemanha está contra a imposição de um teto máximo para o preço das importações de gás. Esta é uma das propostas da Comissão Europeia que foi analisada no Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia, esta terça-feira, em Bruxelas.

Medidas para lidar com o aumento dos preços da energia na UE são urgentes, mas Anna Lührmann, ministra de Estado para a Europa, disse à euronews que essa proposta seria mal recebido pelos fornecedores.

"A questão que se coloca com um teto máxcimo para o preço é que se for decidido unilateralmente pela UE, e não for seguido pelo outros países consumidores em todo o mundo, o gás será canalizado preferencialmente para esses países. Logo, poderemos ter escassez no abastecimento de gás, ou a sua redução substancial, na UE. Penso que devemos ser muito cuidadosos com essa ideia de impor teto maximo para os preços", explicou Anna Lührmann.

De acordo com o governo de Berlim, a União Europeia deveria diversificar a sua estrutura de armazenamentoto e encetar negociações diretas com países forencedores para garantir que obtém preços mais baixos.

"Penso que seria importante discutir diretamente com países fornecedores, como por exemplo a Noruega, sobre formas de reduzir os preços. Esse país têm grande interesses na União Europeia e no florescimento do mercado europeu", disse a ministra alemã.

Lucros devem ser usados para ajudar famílias

Anna Lührmann apoia as outras medidas do pacote, recentemente, apresentado pela Comissão Europeia, incluindo a poupuança de eletricidade nos chamados picos de consumo e a tributação dos lucros excessivos das empresas de energia.

"Os lucros inesperados das empresas energéticas são muito necessários e temos de saber utilizar esses excedentes que não se justificam, já que não houve qualquer esforço extra das empresas para os obter. A estrutura do mercado é que lhess permitiu receber esses lucros. Devem ser canalizados em proveito dos consumidores, nomeadamente as famílias, que são particularmente afetadas. Temos de conseguir reduzir os preços das suas contas", referiu.

Os ministros também debaterem a possibilidade de passar da regra da unanimidade para a de maioria absoluta, no futuro, no que se refere a temas de política externa e de segurança.

A governante alemã disse que é algo que deve ser feito o mais rapidamente possível, antes que mais Estados-membros adiram ao bloco.

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