"Estado da União": Eurodeputados tentam limpar reputação

Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu
Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu Direitos de autor Gian Ehrenzeller/ KEYSTONE / Gian Ehrenzeller
De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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Stefan Grobre entrevistou Nick Aiossa, vice-diretor da Transparência Internacional UE , sobre a alegada cultura de impunidade no PE e as novas regras em preparação.

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Os eurodeputados elegeram o socialista luxemburguês Marc Angel como vice-presidente para substituir a grega Eva Kaili, que foi destituída do cargo devido ao seu alegado envolvimento num escândalo de corrupção. Em sessão plenária, em Estrasburgo (França), o Parlamento Europeu (PE) debateu medidas para reforçar as linhas de defesa anti-corrupção, a fim de evitar mais danos à sua reputação.

"Penso que a grande maioria dos eurodeputados trabalham com uma boa ética e sentido de serviço público. Mas a questão é que as regras são tão laxistas, e por vezes não são aplicadas, que se as pessoas quiserem portar-se mal, podem fazê-lo", disse Emily O'Reilly, Provedora de Justiça da União Europeia, que esteve na sessão.

Pier Antonio Panzeri, ex-eurodeputado italiano suspeito de estar no epicentro do escândalo, fez um acordo com as autoridades belgas, admitindo a participação em atividade criminosa e compromete-se a partilhar tudo o que sabe com os investigadores.

Stefan Grobre entrevistou Nick Aiossa, vice-diretor da Transparência Internacional UE , sobre a alegada cultura de impunidade no PE e as novas regras em preparação.

"Será fundamental ver a seriedade das reformas necessárias e abrangentes que têm de ser feitas, se este pacote inicial vai ser, ou não, rapidamente, adotado. Trata-se de 14 objetivos apresentados pela Presidente e, mais importante ainda, saber se o compromisso de constituir uma comissão especial que se debruce sobre a integridade da instituição vai ser criada para abordar as questões realmente importantes, se serão feitas as reformas necessárias sobre códigos de conduta, regimes éticos, gestão financeira de subsídios e proteção dos denunciantes de irregularidades. E até que isso aconteça, continuo céptico", explicou Nick Aiossa.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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