UE debate entrega rápida de munições de artilharia à Ucrânia

Estima-se que a Ucrânia faça sete mil disparos diários de artilharia, contra os 50 mil da Rússia
Estima-se que a Ucrânia faça sete mil disparos diários de artilharia, contra os 50 mil da Rússia Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
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"A melhor maneira de fornecer munições à Ucrânia é através da partilha das reservas de munições que existem nos arsenais dos exércitos europeus", defendeu o chefe da diplomacia da UE.

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A União Europeia (UE) está a estudar formas de fornecer, rapidamente, milhares de munições de artilharia à Ucrânia, disse o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, no final do Conselho Europeu de Negócios Estrangeiros, segunda-feira, em Bruxelas.

Uma opção é a aquisição conjunta no mercado por parte dos 27 países, num modelo semelhante ao das vacinas contra a Covid-19, mas pode ser demasiado lento face aos planos da Rússia para levar a cabo um forte ataque na primavera.

"É evidente que temos que intensificar os nossos esforços conjuntos, principalmente através de possíveis aquisições a nível europeu, para atender às necessidades urgentes da Ucrânia. Mas também é evidente que, nas próximas semanas, a melhor maneira de fornecer munições à Ucrânia é através da partilha das reservas de munições que existem nos arsenais dos exércitos europeus. Não temos que esperar por nova produção, mas antes usar o que já foi produzido ou já foi contratado para ser produzido nos próximos dias", defendeu Josep Borrell, em conferência de imprensa.

Borrell disse que as forças russas disparam cerca de 50 mil muniçõs de artilharia por dia. Há estimativas de que a capacidade ucraniana seja de apenas sete mil disparos diários.

Face a atual capacidade da indústria militar, poderíamos responder às necessidade da Ucrânia dentro de seis anos, o que é totalmente inaceitável.
Urmas Reinsalu
Mnistro dos Negócios Estrangeiros, Estónia

A compra conjunta de munições de 155 milímetros - muito requisitada pela Ucrânia - foi  uma proposta da Estónia, explicada por Urmas Reinsalu, ministro dos Negócios Estrangeiros: "O custo seria de quatro mil milhões de euros. Se compararmos  os números disponíveis hoje, a Rússia usa diariamente o equivalente ao que a União Europeia produz por mês". 

"Assim, face a atual capacidade da indústria militar, poderíamos responder às necessidade da Ucrânia dentro de seis anos, o que é totalmente inaceitável", acrescentou.

Na semana passada, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que o tempo de espera para o fornecimento de "munições de grande calibre aumentou de 12 para 28 meses" e que "as encomendas feitas hoje só seriam entregues dois anos e meio mais tarde".

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy apelou a seus aliados ocidentais para acelerar o apoio militar.

Josep Borrell também disse que o 10º pacote de sanções contra a Rússia deverá ser adotado antes do final da semana, quando se assinala ulm ano da guerra.

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