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Stoltenberg critica a China por espalhar propaganda russa

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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Secretário-geral da NATO manifestou-se no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, acusou, esta quarta-feira, a China de espalhar a narrativa de guerra do Kremlin, de fortalecer a economia fortemente sancionada da Rússia e de tentar abalar as normas da ordem mundial.

"A China recusa condenar a agressão da Rússia, faz eco da propaganda russa e sustenta a economia da Rússia", disse Stoltenberg no final de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO.

Uma vez mais, o secretário-geral da Aliança Atlântica alertou Pequim sobre a entrega de munições a Moscovo, um cenário que as autoridades ocidentais acreditam que seria um momento-chave da guerra na Ucrânia.

Pequim negou veementemente as acusações, mas os laços cada vez mais estreitos entre a China e a Rússia, como demonstrado no mês passado durante uma reunião cordial entre o presidente Xi Jinping e o presidente Vladimir Putin, colocaram a aliança no limite.

"Qualquer provisão de ajuda letal seria um erro histórico com profundas implicações", disse Stoltenberg.

"Até agora não confirmámos nenhuma provisão de ajuda letal, mas é algo que acompanhamos de perto."

Stoltenberg usou repetidamente a expressão "consequências graves" para descrever a potencial retaliação da NATO contra Pequim caso fosse enviada ajuda letal para Moscovo, mas recusou-se a explicar o que é que essas consequências significariam na prática.

"Não há razão para entrar em detalhes, mas a China sabe que haverá consequências graves", garantiu Stoltenberg.

O secretário-geral da Aliança Atlântica criticou abertamente a China pelo seu "comportamento assertivo" no Mar da China Meridional, pela repressão ao movimento democrático de Hong Kong, pelo aparelho estatal de vigilância em massa, as ações disruptivas no ciberespaço e a contínua retórica ameaçadora contra Taiwan.

Também manifestou preocupações sobre o investimento da China em mísseis nucleares de longo alcance e a participação em patrulhas conjuntas ao lado das forças russas.

Mas, observou Stoltenberg, apesar das tensões crescentes e da abundância de pontos de atrito, a NATO ainda não considera o país um “adversário."

“O comportamento assertivo da China representa um desafio para os nossos interesses, os nossos valores e a nossa segurança”, acrescentou Stoltenberg.

A questão de como envolver a China na resolução da guerra na Ucrânia tem atormentado os aliados ocidentais desde que Vladimir Putin decidiu lançar a invasão.

Pequim adotou uma posição deliberadamente ambivalente, pedindo a cessação das hostilidades, mas sem nomear a Rússia como agressora. A Europa e os EUA veem essa posição como uma forma eficaz de ficar do lado da Rússia e instaram Pequim a expressar uma condenação contundente e defender a lei internacional.

Vários líderes europeus, incluindo o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, voaram recentemente para Pequim numa tentativa de afastar Xi Jinping da órbita de Vladimir Putin, uma ação diplomática que até agora não produziu resultados concretos.

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A Casa Branca, por outro lado, está a adotar uma política mais agressiva em relação à China, enquanto Kiev tenta estabelecer um telefonema entre o presidente Volodymr Zelenskyy e o presidente Xi, o que ainda não aconteceu.

Esta quarta-feira, Péter Szijjártó, o chefe da diplomacia húngara, disse que a NATO não se deveria tornar um "bloco anti-China."

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