Banco Central Europeu está a criar alternativa ao númerário para responder à pressão tecnológica da atualidade.
O Banco Central Europeu (BCE) celebra, esta quarta-feira, 25 anos. Mas no dia do aniversário foi a própria instituição a encarregar-se do presente: o nascimento do euro digital.
Os avanços tecnológicos e o crescente número de pagamentos eletrónicos estão a levar os bancos mundiais a pensar em alternativas digitais ao numerário.
A ocasião teve direito a festa, um evento na sede do BCE, em Frankfurt, que contou com a presença de 200 convidados, entre eles, a atual presidente, Christine Lagarde, e dois antecessores, Jean-Claude Trichet e Mario Draghi.
Coube à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentar o projeto da futura moeda digital.
"Juntamente com o BCE, estamos a trabalhar numa versão digital do euro para complementar as nossas notas e moedas de confiança. Nunca nos esquecemos de quem é suposto servir: os nossos cidadãos. É a confiança dos cidadãos e das empresas que o euro digital precisa de conquistar. Imbuída deste espírito, a Comissão apresentará em breve uma proposta de quadro jurídico para a moeda digital europeia", declarou von der Leyen.
"Euro uniu a Europa", diz Lagarde
Numa restrospetiva publicada no Twitter, Lagarde refere-se ao euro como "símbolo da integração europeia, comprometendo-se a "trabalhar para fortalecer as fundações da Europa".
O dia pode ter sido de festa, mas a atualidade não tem motivado grandes celebrações com a subida da inflação a dar dores de cabeça.
Em abril, atingiu os 7% na zona euro, impulsionada pelos preços dos alimentos, apesar da descida significativa dos preços da energia.
Costa quer sistema mais resiliente às crises
O primeiro-ministro português, António Costa, assinalou no Twitter o 25.° aniversário do BCE, salientando a necessidade de fazer da União Europeia "um espaço mais coeso, com mais e melhor emprego, um sistema financeiro forte e estável e maior resiliência em tempos de crise".
Nos últimos 25 anos, a zona euro, gerida pelo BCE, passou de 11 para 20 países. Atualmente, o euro é a segunda moeda mais poderosa do mundo, a seguir ao dólar, sendo usado por quase 250 milhões de cidadãos da União Europeia.